O Ministério da Administração Interna (MAI) formalizou na segunda-feira, no Algarve, o arranque da segunda geração de Contratos Locais de Segurança, que privilegiam as parcerias entre diferentes atores sociais como polícias, entidades do setor da educação ou segurança social.

“Os Contratos Locais de Segurança (CLS) têm uma forte vertente preventiva” que procura eliminar vulnerabilidades que possam dar origem à criminalidade, disse a ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, no final da cerimónia que decorreu na sala da Assembleia Municipal de Loulé.

Formalizados os contratos, cada município algarvio vai ser alvo de um processo de diagnóstico sobre a segurança que deverá estar concluído dentro de dois meses, quando será elaborado um plano de intervenções para as vulnerabilidades identificadas.

A prevenção da delinquência juvenil, o reforço da visibilidade policial, a redução de vulnerabilidades sociais e a promoção da cidadania e da igualdade de género são alguns dos eixos de intervenção que vão guiar os trabalhos dos parceiros envolvidos.

A ministra Constança Urbano de Sousa adiantou que o MAI tem verbas reservadas para financiar os CLS.

“Na verba dos riscos sociais, temos cerca de meio milhão de euros”, contou.

O presidente da Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL), Jorge Botelho, destacou que esta nova geração dos CLS reforça a multidisciplinaridade na análise da segurança dos residentes e dos turistas que passam pela região.

Para o também presidente da Câmara Municipal de Tavira, o Algarve tem índices de criminalidade baixos graças ao trabalho que já é feito entre várias entidades políticas e económicas com as forças de segurança.

Vincando o forte empenhamento dos municípios algarvio nas questões da segurança, Jorge Botelho deixou um apelo ao MAI para que, além do trabalho que agora se enceta, também as forças de segurança da região possam estar apetrechadas dos equipamentos necessários.