Por exemplo no concelho de Faro, participaram na iniciativa 643 voluntários, incluindo 74 de apoio à organização (coordenadores de sector e de grupo, condutores de viaturas, apoio geral), e 16 grupos formais envolvidos na limpeza (escoteiros e escutas, escolas, associações, clubes, entre outros).

A remoção de lixo ocorreu em 69 dos 87 locais de deposição ilegal de resíduos previamente referenciados no concelho, resultando na recolha de 225 toneladas de resíduos (190 toneladas de entulhos, 8,6 toneladas de RSU – Resíduos Sólidos Urbanos, 10,5 toneladas de monos e 15 toneladas de recicláveis e verdes).

Foram 32 as viaturas envolvidas, incluindo carrinhas e jipes para transporte de voluntários, camiões, tractores, retroescavadoras e embarcações diversas.

63 entidades, públicas e privadas, disponibilizaram meios humanos/logísticos necessários, materiais e facilidades diversas e/ou apoiaram a divulgação da iniciativa.

No concelho de Faro, os Voluntários foram distribuídos por vários pontos, nomeadamente na zona verde do Ludo/Pontal, que mereceu particular atenção em virtude de aí se encontrarem cerca de 75% das lixeiras identificadas.

A Praia de Faro e alguns ilhotes e parchais na Ria Formosa foram também alvo da acção de limpeza. Esta intervenção incluiu o recurso a caiaques que possibilitaram aos voluntários chegar a locais mais inacessíveis da ria.

No Cerro do Bruxo e no Bairro de Emergência da Horta da Areia, membros das comunidades aí residentes juntaram-se aos voluntários que se deslocaram ao local. O chamado Passeio Ribeirinho, a linha do caminho-de-ferro, a doca de Faro, o Vale da Amoreira, bem como lixeiras na zona rural da Falfosa e na área do mercado de Estoi, foram outros locais onde se concretizou a acção Limpar Portugal.

“Considerando as condições meteorológicas do dia 20, as expectativas da organização foram claramente ultrapassadas, quer em relação ao número de participantes, quer no que se refere ao volume de lixo recolhido”, refere a organização.

“Concluída a limpeza e remoção dos resíduos, fica a constatação da necessidade de apostar mais fortemente na sensibilização e educação ambiental, bem como em meios de dissuasão ou alternativos, de forma a evitar a deposição indevida de lixos”, acrescenta.

Nesse sentido, a Coordenação Concelhia de Faro do Projecto Limpar Portugal está a preparar um “memorando com propostas de minimização/resolução de algumas das situações de deposição ilegal de lixos, como por exemplo a criação de Eco-estações em pontos-chave”. “O documento será posteriormente encaminhado para as entidades oficiais e terá a devida divulgação junto da Comunicação Social e dos Parceiros do PLP”, adianta a organização.

125 toneladas de lixo recolhido em Loulé

Em Loulé foram cerca de 600 voluntários os que se juntaram ao Projecto Limpar Portugal para proceder à limpeza de vários locais do concelho de Loulé. Do litoral às zonas mais afastadas da serra algarvia, foram recolhidas mais de 125 toneladas de lixo.

De entre os resíduos recolhidos pelos participantes, o maior volume diz respeito a detritos provenientes de construção e demolição (80 540 kg). Nesta lista seguem-se os resíduos verdes (16 720 kg), monstros (16 020 kg), pneus (6 6600 kg), embalagens (1 940 kg), plásticos tipo filme/película (1 360 kg), equivalente a resíduos sólidos urbanos (1 080 kg), vidro (1 020 kg) e papel/cartão (600 kg).

De acordo com a organização, esta iniciativa “saldou-se num êxito, não só pelo volume de lixo recolhido mas também pela forma empenhada com que os participantes desenvolveram a actividade e pelo impacto que o projecto teve em termos de sensibilização da comunidade para a preservação da floresta”.

30 toneladas de lixo recolhido em Olhão

Olhão foi outro dos concelhos que ajudou a “Limpar Portugal”. Cerca de 400 voluntários aderiram ao projecto e percorreram dezenas de locais do concelho, recolhendo 30 toneladas de lixo.

Os cerca de 400 voluntários olhanenses chegaram bem cedo aos locais previamente definidos para começar a tarefa desse dia: limpar Olhão; e nem o tempo nublado e alguma chuva os demoveu da tarefa.

Locais como a Zona Ribeirinha ou a Praia dos Tesos (Fuseta), a Mata do Pavilhão Municipal (Pechão), a zona junto ao Porto de Recreio, o Porto de Pesca, o Circuito de Manutenção do Parque Natural da Ria Formosa (Olhão), o acesso à A22 e as bermas da EN125 (Quelfes) ou algumas estradas municipais (Moncarapacho) foram ‘invadidas’ por voluntários que, durante todo o dia, recolheram toneladas de resíduos.

Olhão ficou mesmo mais limpo e a prová-lo estão as cerca de 30 toneladas de lixo recolhido, entre o qual se encontrava muito plástico, vidro, cartão, pneus e monos. Da união e da solidariedade fez-se a diferença e, durante este dia, os olhanenses trabalharam em prol de um objectivo comum: tornar a sua terra mais bonita. Apesar do cansaço, sentiam-se satisfeitos, sobretudo pela acção de sensibilização em que participaram. “O balanço é muito positivo, apesar do mau tempo, as pessoas aderiram”, disse Soraia Fitas, uma das coordenadoras do grupo de Olhão.

Em paralelo, e durante a semana anterior, de 15 a 19 de Março, realizou-se iniciativa semelhante junto das escolas de Olhão, envolvendo cerca de 800 crianças que, sobretudo nas imediações das suas escolas, puseram mãos à obra e recolheram o lixo existente: “Foi uma forma de envolver as escolas, que adoraram participar na iniciativa, que julgo ter sido pioneira pelo menos no Algarve”, frisou Soraia Fitas. Aquela responsável destacou ainda o apoio dado pela Câmara Municipal de Olhão, sem o qual “não teríamos conseguido levar a actividade para o terreno. Desde a impressão de cartazes e material publicitário, até as viaturas para transporte de voluntários e lixo, toda a ajuda foi dada”, enalteceu Soraia Fitas.