Em comunicado, a Almargem refere que, apesar de aqueles terrenos estarem em "considerável estado de degradação" e de os eventos serem temporários, a pressão humana exercida sobre o ecossistema é "muito superior" à sua capacidade de carga.
Segundo aquela associação ambientalista, a vegetação natural que ali existe é destruída com a construção de acessos e colocação de infraestruturas mas também pela pressão exercida por milhares de pessoas e motos.
Contactado pela agência Lusa, o presidente do Moto Clube de Faro, que organiza a convenção, afirma que se não fosse a concentração aquela zona era uma "enorme lixeira", já que muita gente insiste em lá ir depositar entulho.
"Nós ajudamos a preservar aquele local, pois além de fazermos limpezas pontuais ao longo de todo o ano ainda fazemos uma grande limpeza depois da concentração", sublinha José Amaro.
Desde há 28 anos que o evento – que cumpriu agora 30 anos – acontece naquela zona, acrescenta o "motard", que rejeita a sugestão da Almargem em transferir a concentração para o Parque das Cidades, entre Faro e Loulé.
Apesar de frisar "nada ter contra aqueles eventos", a Almargem defende ainda que a Semana Académica do Algarve, que este ano pela primeira vez se realizou naquela área protegida, seja dali retirada.