
Uma luta ‘taco a taco’ entre PS e PSD é novamente esperada no município de Faro nas eleições autárquicas, tendo em conta a tendência de alternância de poder entre os dois partidos na cidade.
A luta foi renhida em 2013, com o PSD a ganhar ao PS por 395 votos, mas as eleições de 2009 foram ainda mais disputadas: Macário Correia (PSD) derrotou José Apolinário (PS) apenas por 130 votos, quando o socialista tentava ser reeleito para um segundo mandato.
Para já, apenas estão certos na corrida para a Câmara de Faro o candidato socialista, António Eusébio, que tudo fará para reaver a câmara perdida há oito anos, e o candidato social-democrata, Rogério Bacalhau, que tem pela frente o desafio de ‘segurar’ a presidência do município.
Se vencer, o ex-vice-presidente de Macário Correia pode vir a tornar-se no segundo presidente de câmara a ser reeleito em Faro. Há quatro anos, já conseguiu manter a Câmara sob a liderança do PSD num segundo mandato consecutivo do partido, tarefa difícil na capital algarvia.
Desde 1976 (ano das primeiras autárquicas), apenas João Botelheiro (PS) conseguiu ser reeleito em Faro, onde a liderança autárquica oscilou quase sempre entre o PS, que já elegeu quatro presidentes, e o PSD, com o mesmo número.
Do lado socialista, o deputado António Eusébio vai agora tentar a sua sorte em Faro, depois de ter já liderado durante 12 anos, entre 2001 e 2013, a autarquia vizinha de São Brás de Alportel.
Nas últimas eleições, a CDU conseguiu eleger um vereador, mantendo-se como a terceira força política mais votada em Faro, embora tenha praticamente duplicado o número de votos relativamente a 2009.
O PSD não tem maioria na Assembleia Municipal nem na Câmara, já que obteve nas eleições de 2013 exatamente o mesmo número de mandatos (quatro) do que o PS.
Nos últimos 40 anos, passaram por Faro quatro presidentes socialistas (Joaquim Belchior, João Botelheiro, Luís Coelho e José Apolinário), quatro do PSD (João Negrão Belo, José Vitorino, Macário Correia e Rogério Bacalhau) e dois eleitos pela coligação Aliança Democrática (José Nobre e Manuel Silva).
As eleições autárquicas realiza-se a 01 de outubro.