Missa_encerramento_5_centenario_nascimento_sta_teresa_jesus (7)No dia de ontem, em que a Igreja celebrou a festa de Santa Teresa de Jesus, assinalando-se simultaneamente o encerramento oficial das celebrações do quinto centenário do seu nascimento iniciadas a 15 de outubro de 2014, o bispo do Algarve desejou que a festividade marque os católicos.

Foto © Samuel Mendonça
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“Que a celebração de Santa Teresa deixe marcas na nossa vida. Gostaria que todos nós nos decidíssemos mais a acolhê-la como modelo de vida, mestra da oração e apelo à santidade”, desejou D. Manuel Quintas na eucaristia a que presidiu ontem ao final da tarde no Carmelo algarvio, no Patacão, concelho de Faro.

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O prelado lembrou que “contemplar Santa Teresa é, sobretudo, acolher o seu testemunho de santidade e de espiritualidade que animou, deu sentido e foi a alma da sua vida e do modo como ela a cultivou”.

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O bispo diocesano considerou que “a mensagem da Palavra de Deus encontrou em Santa Teresa um coração aberto e disponível para a aplicar na sua vida, para com ela enriquecer a Igreja, crescendo sempre mais no caminho que a conduziu à santidade”. D. Manuel Quintas referiu-se a Santa Teresa como “aquela que soube assumir, encarnar e viver a mensagem”, lembrando que o quinto centenário do seu nascimento foi celebrado em Ano da Vida Consagrada e em “comunhão com toda a Igreja que está reunida em sínodo dos bispos sobre o tema da família”.

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O bispo do Algarve acrescentou que Teresa de Ávila (Espanha) descobriu a “fonte da verdadeira espiritualidade”, “teve a coragem de viver de acordo com ela e de crescer nessa espiritualidade”, procurando “subir os diferentes degraus para que a conduzia o seu coração”. “E essa espiritualidade, não a viveu de maneira estática, introvertida, mas transformou-a numa missionária e numa contemplativa itinerante”, sustentou. “O «fogo» que levava no coração queria e quer hoje «incendiar» os nossos corações e quer que os abramos para que acolhamos esta fonte de amor, esta «água viva» que brota do coração de Cristo aberto na cruz, esta verdadeira sabedoria que nos conduz à vida autêntica, à santidade”, afirmou, lembrando que “só com um coração aberto e inflamado pelo amor de Cristo” é possível realizar a “vocação missionária” comum a todas as pessoas.

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A terminar, D. Manuel Quintas manifestou, uma vez mais, a “gratidão pela presença” no Algarve do carisma da “grande família carmelita e teresiana”, de maneira particular, na comunidade das Carmelitas Descalças do Carmelo algarvio que considerou ser um “instrumento importantíssimo”. “Sabemos que estamos sempre presente na oração das irmãs que consideramos imprescindível na concretização dos nossos programas e ações pastorais a todos os níveis”, referiu.

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A celebração terminou com a veneração a uma relíquia de Santa Teresa de Jesus. “Somos convidados a acolher a relíquia de Santa Teresa vendo nisso um apelo que a Igreja hoje nos faz a progredir neste caminho espiritual que ela viveu”, explicou D. Manuel Quintas.

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Esta noite, e ainda no âmbito do encerramento das comemorações no Algarve do quinto centenário do nascimento de Santa Teresa de Jesus, realiza-se pelas 21h, no Carmelo, um encontro para jovens como “espaço aberto ao diálogo com Santa Teresa”, intitulado “Teresa de Jesus: uma Santa alegre, amiga e forte de Deus!”.

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Teresa de Ávila nasceu a 28 de março de 1515 e, após ter entrado no convento carmelita de Nossa Senhora da Encarnação, promoveu a renovação da Ordem do Carmo, tendo fundado o primeiro convento da nova família carmelita descalça em 1562, dia em que mudou de hábito e começou a chamar-se Teresa de Jesus. No século XVI foi responsável pela reforma da Ordem dos Carmelitas em Portugal, juntamente com São João da Cruz, processo do qual saiu, em 1593, o ramo dos Carmelitas Descalços. Teresa de Ávila, que morreu em Alba de Tormes (Salamanca) no ano de 1582, e foi proclamada doutora da Igreja pelo Papa Paulo VI em 1970.

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