“Esta preocupação foi transmitida aos mais diversos níveis e entidades, tendo sido enviadas mensagens aos Ex.mos Senhores Presidente da República, Presidente da Assembleia da República, Primeiro-ministro, Ministro das Finanças, Ministro da Economia, Ministra do Trabalho e Solidariedade Social, Grupos Parlamentares na Assembleia da República, Grupo Caixa Geral de Depósitos, Grupo BPN, Grupo Millenium BCP, Gestor de Insolvência, Administração da Alicoop, Comissão de Trabalhadores da Alicoop, nomeadamente no dia 7 de Novembro de 2009 e 29 de Janeiro de 2010”, refere a autarquia, informando que houve, ainda, uma reunião, solicitada pela câmara, entre os vereadores da câmara e o Conselho de Administração deste grupo que teve lugar a 26 de Novembro de 2009.
“Ontem mesmo, quando se realizava mais uma reunião da Comissão de Credores do Grupo, a Autarquia enviava nova comunicação fax (subscrita pelo Presidente em Exercício, Dr. Rogério Pinto e restante Vereação – Dr.ª Lisete Romão, Dr.ª Manuela Guerreiro, Dr.ª Rosa Palma, Dr. Fernando Serpa e Dr.ª Lourdes Cristóvão; pela Presidente da Assembleia Municipal de Silves, Dr.ª Maria José Encarnação; e pelos Presidentes de Junta de Freguesia de Alcantarilha, Sr. João Palma; do Algoz, Sr. Sérgio Antão; de Armação de Pêra, Sr. Fernando Santiago; de Pêra, Sr. José João Marques; de São Bartolomeu de Messines, Sr. João Carlos Correia; de São Marcos da Serra, Sr. José Folgado; de Silves, Sr. Mário Godinho; e de Tunes, Sr. José Cebola), na qual alertava «para os terríveis efeitos que qualquer medida não conducente à viabilização do Grupo poderá ter neste concelho e na economia regional, agravando a situação que estamos a viver»”, refere o documento.
A autarquia sublinha ainda que aquele grupo se encontra num “sério e empenhado, processo de recuperação económico-financeiro, o qual, atendendo ao contexto económico-social em que o país se encontra, exige de todos uma postura responsável e consciente” e considera que “os esforços que se possam desenvolver serão de extrema importância para a manutenção das empresas em funcionamento, bem como para a preservação de empregos – de mais de 500 famílias -, de um Grupo que há muito ultrapassou as fronteiras locais, tendo dimensão regional, pelo que o não apoio às medidas de recuperação do mesmo terá um impacto negativo à escala regional, lançando no desemprego muitos silvenses e algarvios, que durante anos tiveram na Alicoop o seu ganha-pão diário”.
“Por outro lado, este grupo permite a subsistência de uma série de fornecedores locais e regionais, garantido que estes prossigam a sua actividade económica, pelo que, também sentirão o impacto de tal encerramento, sendo o efeitos do mesmo mais profundos e sérios para uma região deprimida, em que a crise se faz sentir com grande impacto e reflexo na taxa de desemprego nacional. Este problema poderá, pois, ter uma dimensão humana muito significativa, afectando muitos agregados familiares do Algarve, em especial os de Silves, estando a autarquia profundamente preocupada com a situação”, alerta a Câmara de Silves, apelando ao “bom senso e à necessidade de se encontrarem medidas urgentes, que contribuam para a boa resolução desta situação, permitindo a sustentabilidade da empresa e a manutenção destes postos de trabalho, sob pena de, tal não sucedendo, se coloque em risco um grupo económico local, pensado e construído com base nos recursos da região e que emprega, como já se mencionou, mais de 500 pessoas”.