
Algumas centenas de jovens estudantes de vários pontos do Algarve faltaram hoje às aulas para participar na manifestação pelas ruas da cidade de Faro, com cartazes e palavras de ordem, exigindo uma mudança de políticas em defesa do planeta.
A iniciativa arrancou com a concentração junto ao Forum Algarve e seguiu até à baixa de Faro. “Eu não sei, mas ouvi dizer que o planeta está a aquecer. Há medida a tomar e o governo anda a brincar” foram algumas das palavras de ordem proferidas.

Os participantes na marcha, encabeçada por uma faixa com a inscrição “A Terra esgotou a sua paciência e nós também”, empunharam cartazes que tinham frases como “Para viver tu precisas que a Natureza também viva”, “Não há planeta B”, “Planeta a morrer, políticos a ver” ou “Se o clima fosse um banco já estaria salvo”.
A greve climática estudantil é inspirada na sueca Greta Thunberg, 16 anos, que no ano passado iniciou um boicote às aulas para exigir do parlamento da Suécia ações urgentes para travar as alterações climáticas, um protesto que rapidamente se replicou por todo o mundo. A jovem ativista encontrou-se com o papa Francisco no passado dia 16 de abril.

O Vaticano associou-se hoje às preocupações da greve climática estudantil, numa mensagem à Comunidade Científica em que considera a limitação do aquecimento global a 1,5 graus celsius como obrigação “moral” e “religiosa”.
Milhares de jovens católicos em todo o mundo uniram-se também à greve climática estudantil marcada em mais de 100 países, inspirados na encíclica ecológica do papa, ‘Laudato Si’, assinada a 24 de maio de 2015.
A ‘Geração Laudato Si’, coordenada pelo Movimento Católico pelo Clima, associou-se à iniciativa, manifestando a sua preocupação com a defesa da “casa comum”.
com Lusa e Ecclesia