Salina_salA Comissão Europeia acrescentou hoje o sal e a flor de sal de Tavira e a maça riscadinha de Palmela à lista dos produtos com Denominação de Origem Protegida.

O sal e a flor de sal de Tavira é sal marinho colhido à mão nas salinas do Parque Nacional da Ria Fomosa.

A garantia de qualidade e um produto respeitador das normas de higiene e segurança são benefícios que a designação DOP traz para a Flor de Sal-Sal de Tavira, disse o responsável pela candidatura.

Rui Francisco Neves Dias, empresário que explora salinas na zona de Tavira, foi o principal impulsionador da candidatura da Flor de Sal-Sal de Tavira a Denominação de Origem Protegida e disse hoje à Lusa que a classificação anunciada pela Comissão Europeia trás benefícios, mas também responsabilidades.

“Para qualquer parte do Mundo, uma Denominação de Origem Protegida vai proteger o produto para que ninguém possa imitar e dizer que é uma coisa que não é, mas traz também obrigações, porque tem de ser embalado com o meu nome, não pode ser vendido com outro nome e não pode ser comercializado como marca branca”, afirmou o produtor.

A mesma fonte acrescentou que a classificação é também “uma garantia para o cliente de que está a comprar um produto genuíno”.

“É um produto que sai daqui da minha casa, é feito por mim, em condições de higiene e segurança alimentar, longe de esgotos e de tudo o que é poluente”, acrescentou o produtor, que sublinhou ter trabalhado vários anos para conseguir chegar a esta classificação.

O papel do produtor tavirense na classificação da Flor de Sal-Sal de Tavira como Denominação de Origem Protegida foi também destacado pelo presidente da câmara local, Jorge Botelho, que disse ter visto a classificação como “reconhecimento pela extrema qualidade da Flor de Sal de Tavira, que é um produto 100 por cento puro”.

O autarca considerou ainda que este “é um reconhecimento da pureza da arte de fabricação artesanal, dos produtos tradicionais de Tavira, encaixado nesta dinâmica de Tavira como o Algarve preservado e com formas artesanais de produção, mas acima de tudo pela pureza, pela sustentabilidade e pela qualidade dos produtos apresentados” pelo produtor.

A Comissão Europeia aprovou a Denominação de Origem Protegida ao produto “Flor de Sal de Tavira”/”Sal de Tavira” na sequência de um pedido que lhe tinha sido dirigido em 2011.

“O sal marinho é obtido por colheita manual, a partir do processo natural de precipitação da água do Oceano Atlântico, na região geográfica delimitada, que circula num sistema de viveiros, até à cristalização final nos talhos”, nas freguesias de Santa Luzia, Santiago e Santa Maria, pode ler-se na candidatura do produto citada pela Comissão Europeia.

A Denominação de Origem Protegida inclui já mais de 1.200 produtos na União Europeia.

com Lusa