Em comunicado de imprensa, o PCP diz que a administração do hotel, um dos mais luxuosos do Algarve, pretende despedir sete electricistas, depois de já ter despedido pessoal da copa, jardins e serviços de limpeza.

"Tudo se afigura mais inaceitável e indecoroso se tivermos em conta que a exemplo do que já sucedeu com a manutenção das piscinas e com a recolha dos pórticos de lixo, a administração optou pela externalização de serviços", dizem os comunistas.

Contactado pela agência Lusa, o presidente da maior associação hoteleira da região diz que a situação é "normal" e se verifica "em todos os hotéis do Algarve, se não do País", sempre que começa a época baixa.

Segundo o líder da Associação de Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA), as quebras de ocupação devido à sazonalidade levam a que a maioria das empresas do sector recorra a trabalhadores em regime de "outsourcing".

"Tenho conhecimento de rescisões de contratos de trabalho a termo, alguns por acordo", disse Elidérico Viegas, acrescentando que as rescisões de contratos no Hotel Sheraton "estão a ser feitos dentro da lei".

Contudo, os comunistas consideram que a atitude da administração é "inaceitável" perante o "grave drama social" que atinge o Algarve, uma das regiões do País onde o desemprego mais tem aumentado.

A agência Lusa tentou contactar a administração do Hotel Sheraton, mas tal não foi possível até ao momento.