No passado sábado foi homenageada uma consagrada do Instituto Secular das Cooperadoras da Família que trabalhou 30 anos no Algarve e que agora irá deixar a diocese.

A homenagem decorreu na Eucaristia vespertina na igreja de São Pedro de Faro, que foi presidida pelo bispo do Algarve. D. Manuel Quintas agradeceu a Isabel da Luz pelo “seu testemunho alegre e disponível de consagrada” e pelo seu serviço à Igreja algarvia e, “sobretudo, a dimensão de apoio e proteção das famílias”. “Queria, em vosso nome e de toda a diocese, manifestar o meu reconhecimento a este instituto que há tantos anos está aqui na cidade de Faro. Para além da Casa de Santa Zita também têm servido diversos bispos que por aqui passaram pelo Paço Episcopal”, acrescentou, falando também em nome das restantes pessoas presentes.

Isabel da Luz, que era a diretora da Casa de Santa Zita, esteve da primeira vez quatro anos na diocese e nesta sua última passagem pelo Algarve cumpriu 26 anos de serviço à Igreja algarvia.

O bispo do Algarve ofereceu-lhe uma caixa que continha uma lembrança especial. “Ali dentro vai um terço que recebi do Papa na quarta-feira passada”, afirmou D. Manuel Quintas, adiantando que Isabel da Luz vai para Fátima e que o terço ajudará a manter a ligação à Diocese do Algarve. “Sabemos que vai continuar a servir a nossa Igreja diocesana, sobretudo através da oração”, disse o bispo diocesano.
D. Manuel Quintas referiu ainda que a consagrada deixa a diocese “também por razões de saúde”. “Queremos rezar por ela, por este instituto, pelo seu serviço à nossa Igreja diocesana. Daí o meu apelo a louvarmos o Senhor por todo o dom que ela constituiu para nós ao longo destes anos, por todo o serviço que prestou em tantas direções, sobretudo e de maneira particular, privilegiando também a família, já que é esse o carisma do seu instituto secular”, disse.

A homenageada garantiu que foi “sempre muito bem acolhida”. “Levo-vos no coração e também vos quero dizer que todos os dias, a primeira oração que faço é pelas famílias e pelos sacerdotes”, prosseguiu, deixando um apelo aos inúmeros jovens presentes. “Escutem a voz do Senhor porque Ele fala e enche-vos de alegria como me encheu a mim. Estou neste instituto há 62 anos e quero dizer-vos, de todo o coração, que nunca me arrependi. Obrigado por tudo”, acrescentou.

Também presente, a vice-coordenadora geral das Cooperadoras da Família agradeceu aos farenses “toda a colaboração” e “todo o empenho” junto do Instituto Secular e da Obra de Santa Zita. “A Isabel parte, mas como ela já disse, leva a todos no coração e vai continuar a rezar por vós. Por limitações de saúde já não é possível estar a coordenar o centro, mas vai para uma casa onde tem Eucaristia todos os dias, que é o sonho dela e onde terá todo o conforto e a possibilidade de continuar a ser cooperadora da família”, afirmou Maria José Carvalho na Eucaristia em que também participaram as restantes cooperadoras da família no Algarve.

A Obra de Santa Zita, IPSS fundada em 1932 pelo padre Joaquim Alves Brás, que criou também o Instituto Secular das Cooperadoras da Família, depressa chegou ao Algarve em virtude de o sacerdote vir muitas vezes à diocese. Pese embora só tenha sido criada em Faro em 1957, em 1936 já a obra funcionava em Loulé, tendo chegado também a existir em Albufeira. A IPSS foi criada para defender a dignidade e os direitos das mulheres e o instituto de vida consagrada tendo como carisma e missão o cuidado da santificação da família.
