Reconhecendo os “constrangimentos financeiros a que o Governo está subordinado”, Cristóvão Norte assumiu que “ainda que as prioridades de intervenção sejam no sentido de proteger pessoas e bens, em situações de urgência o Governo deve atender à necessidade de preservar subsistência económica de quem trabalha na pesca e em atividades conexas, como é o caso da Ria Formosa”.

Lembrando que a Ria Formosa é “um ecossistema frágil e complexo, sendo por vezes difícil estimular os resultados das dinâmicas naturais e agir em conformidade”, o deputado salientou que “se deve reavaliar o programa de dragagens previsto pela Sociedade Polis Ria Formosa, de molde a que o mesmo saiba também absorver e ponderar os contributos de quem conhece a Ria a fundo”.

O parlamentar algarvio alertou ainda para a elevada mortalidade de bivalves que, em sua opinião, se deve à “insuficiente dinâmica de renovação das águas, pelo que qualquer intervenção deve assegurar que se vence este constrangimento que, segundo as diversas associações é o maior desafio em que se confrontam, e tal exige dragagens na Barrinha”.

A falta de oxigenação na água e correntes está a originar a destruição de canais e a mortandade dos bivalves, o que acarreta grandes problemas a quem depende da Ria.

O Secretário de Estado do Mar, Manuel Pinto de Abreu, embora não se tenha comprometido com qualquer solução, afirmou estar disponível para “reunir com as associações para se encontrarem as melhores soluções”.