
A Administração dos Portos de Sines e do Algarve (APS) anunciou ontem que foi adjudicado ao Laboratório Nacional de Engenharia Civil um estudo para a melhoria das condições do porto de Portimão, que deverá estar pronto em outubro.
Em comunicado, a APS referiu que o estudo vai procurar analisar a “possibilidade de redução do molhe leste do porto de Portimão em cerca de 70 metros, mantendo-se as condições de segurança e estabilidade das infraestruturas de proteção marítima e das suas margens em cenários extremos, semelhantes aos ocorridos no inverno passado”.
O relatório será “o primeiro passo para que possa ser lançado o estudo de impacto ambiental com vista ao desenvolvimento do porto de Portimão, possibilitando que esta infraestrutura portuária possa receber navios de maior dimensão”.
A Lusa pediu informações adicionais acerca do estudo, mas mais dados foram remetidos para hoje.
Em janeiro, a Câmara Municipal de Portimão revelou que o porto de cruzeiros do concelho recebeu em 2013 mais de 20 mil passageiros e 42 escalas, mas a autarquia estimava que se pudesse chegar aos 250 mil passageiros por ano com a concretização de diversas obras.
Também em janeiro, o administrador dos portos de Sines e do Algarve José Pedro Soares disse à Lusa que os estudos de impacto ambiental prévios à execução das obras deveriam avançar de imediato, prevendo que estes demorassem entre oito a 10 meses.
Os trabalhos a realizar no porto de Portimão incluem a realização de dragagens no canal de navegação, o alargamento do canal e bacia de rotação e o prolongamento do cais, obras que deverão permitir o acesso ao porto de navios de maior porte.
Em agosto do ano passado, o ministro da Economia, António Pires de Lima, anunciou que iam ser investidos num período de quatro anos cerca de 10 milhões de euros no porto de Portimão.
“Os 10 milhões de euros chegam para as obras que são necessárias e que estão previstas também com apoio comunitário [três milhões de euros] para dotar este porto de todas as capacidades do ponto de vista turístico, incluindo, obviamente, o rebocador”, afirmou, na altura, o ministro.