José Vitorino, atual presidente do movimento cívico "Cidadãos com Faro no Coração" alegou o direito à oposição daquele movimento que elegeu uma deputada para a Assembleia Municipal, para classificar de "embuste eleitoral" as promessas eleitorais de Macário Correia.
Em conferência de imprensa a propósito do balanço dos seis meses de mandato da maioria PSD da Câmara de Faro, o ex-autarca leu "31 pecados contrários às promessas e compromissos eleitorais" feitas por Macário Correia.
"Foram muito fortes os aumentos da água, saneamento e resíduos sólidos. Foram brutais as subidas das taxas, chegando a atingir 10 vezes mais. Em geral sobem 30 a 40 %, sendo mais de 700 taxas", observou José Vitorino.
A autarquia de Faro anunciou na semana passada que ia entrar em vigor uma nova tabela de taxas que faz uma atualização das taxas em vigor desde 1999 e aumenta o valor a pagar pela ocupação de terrenos na praia de Faro.
"As taxas com a ocupação de terrenos na Praia de Faro, que custavam para uma casa com 50 metros quadrados cerca de 30 euros por mês e agora vão passar a custar 85, enquanto forem renovadas", disse a autarquia.
Também o PCP Algarve pediu hoje à autarquia farense um esclarecimento sobre o Regulamento de Taxas e Licenças.
"Contrariamente ao anunciado pelo executivo camarário, as taxas sofreram brutais aumentos, com 176 taxas a registarem aumentos superiores a 35% e 84 taxas a registarem aumentos superiores a 500%" e há "taxas que são agravadas em quase 2000%, passando de 9,98 euros para 200 euros", lê-se num comunicado do PCP enviado hoje à comunicação social.
Na conferência de imprensa, José Vitorino classificou de "muito negativo" os seis meses de mandato da maioria PSD da Câmara de Faro, onde é utilizada frequentemente a "prepotência", "incompetência", "má fé", "atentado às liberdades e ilegalidades em vez de legalidade, participação, diálogo e respeito pelas instituições".
A Agência Lusa contactou Macário Correia para obter uma reação às acusações do movimento "Cidadãos com Faro no Coração" mas o autarca apenas disse não ter "nenhum comentário a fazer sobre o assunto".
Lusa