A Igreja algarvia encerrou esta noite a cadeia de oração permanente ao Santíssimo Sacramento (lausperene) que realizou desde o passado dia 29 de outubro para pedir a Deus vocações de consagração, tanto no sacerdócio como na vida religiosa ou nos institutos seculares.


Na vigília de oração, que teve lugar na Sé de Faro, o reitor do Seminário de Faro, instituição que promove anualmente o lausperene, enumerou os três sentimentos que disse revestirem aquela celebração: “súplica”, “alegria” e “gratidão”. “Somos convidados a suplicar intensamente ao Senhor para que continue a chamar e a oferecer-nos os sacerdotes necessários à nossa Igreja do Algarve. E, nesta missão que é de todos, não podemos esmorecer nem descansar”, disse o padre António de Freitas relativamente ao primeiro.


“Durante 15 dias, a nossa diocese rezou incessantemente diante de Jesus pelas vocações ao sacerdócio. E isto foi possível porque a graça de Deus encorajou-nos a tal missão. Quanta alegria devemos sentir por cada comunidade cristã que se colocou diante de Jesus a pedir o dom de mais vocações”, afirmou sobre o segundo.


“Gratidão pelos jovens que Deus vai chamando, por este ano o nosso Seminário ter seminaristas, pelo dom de um novo presbítero que amanhã nos será dado na pessoa do Getúlio”, declarou a propósito do terceiro.


O bispo do Algarve, que presidiu à oração, referiu precisamente o “louvor e ação de graças pelo dom” de um novo sacerdote que este domingo naquela catedral será ordenado para a diocese algarvia.


D. Manuel Quintas exortou cada cristão a “considerar-se mediador de Deus”. “Temos essa missão de tornar mais acessível a presença de Deus na vida daqueles que nos rodeiam. Não apenas no aspeto vocacional, de um chamamento explícito para uma vida de consagração toda a Deus, mas mediadores de tantos chamamentos, de tantas presenças de Deus em que aqueles que são chamados não conseguem distinguir a voz de Deus, não conseguem identificá-la, nem perceber que reação e atitude devem ter”, explicitou.


O bispo diocesano lembrou que “dar uma vida nova àqueles que se sentem mergulhados no mar e nas tempestades da vida”, fazendo-os “renascer”, é a “missão da Igreja”, que todos devem acolher e assumir, a partir do Batismo, com o “dever de corresponsabilidade” a que o caminho sinodal convida.


D. Manuel Quintas citou ainda o Papa Francisco na sua homilia da missa conclusiva da primeira sessão do Sínodo: “a adoração é a primeira resposta que podemos oferecer ao amor gratuito e surpreendente de Deus. A maravilha própria da adoração é essencial na Igreja, sobretudo neste tempo em que perdemos o hábito da adoração. Que a Igreja seja adoradora, adore o seu Senhor em cada diocese, paróquia e comunidade”.
A oração — na qual se agradeceu pelo bispo, sacerdotes e seminaristas e também pelos jovens que se entregam ao sacerdócio, e concretamente pelo diácono Getúlio Bica, que este domingo será ordenado sacerdote, pelas 16h, naquela Sé — prosseguiu com a profissão de fé, juramento de fidelidade e compromisso de incarnação na Igreja diocesana do futuro padre.