Os jovens das paróquias da cidade de Faro – São Luís, São Pedro (incluindo da comunidade de São Paulo, no Patacão) e Sé – e também da suburbana do Montenegro começaram a reunir-se trimestralmente para rezarem juntos segundo a espiritualidade da Comunidade de Taizé.
O anúncio foi feito na última sexta-feira à noite, 17 de novembro, na edição inaugural daquela iniciativa que teve lugar na igreja de Nossa Senhora do Pé da Cruz, em Faro. Uma das organizadoras da iniciativa e responsável do grupo de jovens da comunidade do Patacão explicou que o “bom desafio” partiu do grupo de jovens da paróquia da Sé, após a Jornada Mundial da Juventude, e foi apresentado pelo seu animador, João Lemos.
“Já que vivemos todos, ou quase todos, a Jornada Mundial da Juventude e estivemos praticamente todos a dormir naquela semana no mesmo espaço, é bonito termos esta forma de nos encontrarmos sem ser na escola”, afirmou ainda Sílvia Manhita, aludindo também à necessidade de os jovens católicos da capital algarvia terem um espaço de encontro possibilitado pelas paróquias da cidade.
A primeira oração contou com cerca de uma centena de participantes, principalmente jovens, mas também adultos, incluindo o interlocutor da Diocese do Algarve com a comunidade ecuménica do sul da França, João Cabral.
A oração meditativa, aliada aos cânticos repetitivos enraizados na tradição monástica, foi uma vez mais a receita que levou à adesão da juventude e que passará a ser o mote para a reunião trimestral daqueles jovens.
O encontro, participado também pelo pároco de São Luís de Faro, o cónego Rui Barros Guerreiro, contou com a colaboração, na animação musical, de jovens das paróquias de Tavira. No final, os jovens das diferentes paróquias puderam conviver uns com os outros.
A ligação do Algarve à comunidade monástica no sul da França, fundada em 1940 pelo irmão falecido irmão Roger Schutz, pastor protestante suíço, remota à realização do Concílio de Jovens que ali teve lugar em 1974, e manteve-se desde então. As peregrinações de algarvios mantiveram-se durante toda a década de 1980 e ganharam na de 1990 a regularidade que se mantém até hoje.
A Comunidade de Taizé, a cerca de 360 quilómetros de Paris, congrega uma centena de monges, de várias Igrejas cristãs e de mais de 30 países, incluindo Portugal, o irmão David, unidos como “sinal de reconciliação entre os cristãos e os povos separados”, tendo começado por acolher perseguidos políticos, judeus e mais tarde prisioneiros alemães.
