Preços mais competitivos, uma imagem moderna, o uso de marcas de “linha branca” ou o corte nas despesas supérfluas são alguns dos trunfos dos empresários que decidiram mergulhar no mundo “low cost” para atrair mais clientela.
A funcionar sem marcações e onde também não há o “cafezinho” de cortesia ou as revistas cor-de-rosa para entreter os clientes, os salões de cabeleireiro “easyCut”, em Faro, afirmam-se como o primeiro grupo de cabeleireiros de baixo custo no país.
“Estamos entre os preços mais acessíveis do mercado”, afirma Duarte Brito Figueira, um dos quatro sócios da marca espanhola em Portugal, onde um corte de senhora tem um preço base de dez euros e dura em média 20 minutos.
Ali, o cliente é logo informado de quanto vai gastar para não ter surpresas no final, frisa o empresário, que acrescenta que a clientela é transversal à sociedade, havendo desde os mais endinheirados àqueles com menor poder de compra.
“Temos pessoas com mais poder de compra que usufruem do salão uma ou duas vezes por semana e outras com menos que nos procuram para serviços mais técnicos”, refere, notando que no salão da baixa de Faro se prestam em média 20 a 30 serviços diários.
Também na área da hotelaria começam a aparecer unidades de alojamento a baixo custo como o “Low Cost Inn”, no centro de Faro, que de residencial familiar durante dez anos se transformou há poucos meses em “hostel” procurado por jovens de todo o mundo.
“Depois de noutros anos termos sofrido grandes quebras na procura, desde que mudámos o nome não nos falta trabalho”, diz Nasser Hussen que, por detrás do balcão, vai cumprimentando os jovens que entram e saem do “hostel”.
Com uma imagem e um logótipo mais modernos, uma ligeira descida dos preços praticados quando ainda era uma residencial e a integração nas redes de “hostels” espalhadas pela Internet, a família Hussen agora “até no inverno” tem casa cheia.
No verão, uma cama numa camarata mista custa 15 euros por reserva antecipada, mas quem procura maior privacidade pode também alugar um quarto com casa de banho por 50 euros, sempre com direito a cacifo e Internet gratuita durante 24 horas.
O carimbo “low cost” também chegou entretanto às lojas de produtos óticos que, com a venda das chamadas marcas de “linha branca” e uma política de poupança em recursos humanos conseguem praticar preços de “baixo custo”.
Lusa