Em declaração escrita enviada à agência Lusa, o casal britânico referiu que, "ao manter a ordem formal de suspensão da venda" do livro do ex-inspetor da Polícia Judiciária (PJ), a juíza "concordou que houve expressivos e continuados prejuízos sobre a procura" de Madeleine McCann, "bem como aos direitos" da família McCann.
"O tribunal demonstrou, mais uma vez, que não há evidência que Madeleine tenha sofrido algum ferimento. Foi também claramente demonstrado que há forças policiais ativamente à procura de Madeleine, mesmo quando, de forma chocante, são confrontados com novas informações e pistas", notam Kate e Gerry McCann.
Os pais da criança inglesa, que Gonçalo Amaral diz que estiveram envolvidos no desaparecimento da criança, uma tese reproduzida no livro, referiram a necessidade de serem "severamente questionados" os "motivos dos que tentaram convencer o mundo de que Madeleine está morta".
Kate e Gerry McCann classificaram de "falsa e malévola" a forma como "tentaram envolver" os pais da menina desaparecida de um apartamento de um aldeamento turístico da Praia da Luz.
O casal britânico acusou também Gonçalo Amaral e "os seus seguidores" de "afirmações dolorosas e caluniosas", reiterando que a "primeira preocupação" dos pais de Madeleine "foi sempre, e será sempre, procurar" a menina.
"As autoridades portuguesas e britânicas são ainda responsáveis para que cada pista credível seja investigada e que uma investigação pela nossa inocente e vulnerável filha seja efetivamente levada a cabo", concluíram.
Kate e Gerry McCann expressaram ainda satisfação com a decisão de hoje da 7.ª Vara do Tribunal Cível de Lisboa em tornar definitiva a proibição do livro "Maddie – A Verdade da Mentira", que defende a tese de envolvimento dos pais da criança inglesa no desaparecimento, de simulação de rapto e de ocultação de cadáver.
Gonçalo Amaral e as também visadas Guerra & Paz, editora do livro, TVI e Valentim de Carvalho, responsável pela comercialização do vídeo exibido pela estação televisiva, vão recorrer da decisão.
Lusa