
O ministro do Planeamento e das Infraestruturas veio ontem ao Algarve para assinalar a conclusão de um conjunto de obras de emergência realizadas nas estradas nacionais 124, 125 e 396.
Pedro Marques visitou também a Ponte Internacional do Guadiana, onde decorrem obras de requalificação.
A Infraestruturas de Portugal (IP) procedeu a “obras de emergência” nas estradas nacionais 124, 125 e 396, no sentido de repor as condições de circulação e segurança rodoviárias.
Os trabalhos de repavimentação e marcação horizontal abrangeram uma extensão de 38 quilómetros da EN125, entre os concelhos de Olhão e de Vila Real de Santo António, cerca de 10 quilómetros da EN124, entre o Porto de Lagos (Portimão) e o concelho de Silves, e na EN396, junto ao Nó com a A22, no concelho de Loulé.
As empreitadas, orçadas em cerca de um milhão de euros, consistiram na reparação das patologias identificadas, ao nível do pavimento, que envolveram a fresagem e repavimentação, o alteamento das bermas e a marcação horizontal da via.
O ministro reconheceu também a existência de “perturbações” em algumas linhas da CP, incluindo na do Algarve. “Há perturbações, com certeza que sim, não vale a pena dizer que não, temo-las na linha do Oeste, temo-las aqui na linha do Algarve, ou temos na linha do Norte, por razões diferentes”, reconheceu Pedro Marques em Olhão.
O governante explicou que as perturbações nas linhas que ainda estão a funcionar a diesel estão relacionadas com o desgaste do material circulante, estando previsto o aluguer de mais material circulante (automotoras) a diesel e, no futuro, a aquisição de material bimodo, que serve tanto para as linhas eletrificadas como para as linhas a diesel.
“Estamos a fazer do lado das infraestruturas aquilo que podemos fazer com fundos comunitários e estamos a fazer com recurso ao Orçamento do Estado o que se pode fazer do lado da CP”, referiu.
Contudo, segundo Pedro Marques, não é possível “resolver de um dia para o outro, ou de um ano para o outro, décadas de abandono, nomeadamente na aquisição de material circulante”.
Em janeiro passado o ministro tinha dito que eletrificação da linha do Algarve é prioridade no atual quadro comunitário.
Este mês, a União de Sindicatos do Algarve apontou a necessidade de haver “preços acessíveis, horários adequados” e que os comboios “não estejam sistematicamente sujeitos a supressões”.
com Lusa