Em causa está a entrega das declarações dos rendimentos referentes a 2009, documento que 62 das 89 famílias identificadas na Praia de Faro para realojamento se recusaram a entregar na passada semana aos técnicos da Sociedade Polis.

“Enquanto não incluírem todas as famílias que têm direito a realojamento mantemos o boicote”, disse à Lusa o presidente da Associação para a Defesa e Desenvolvimento da Praia de Faro, Carlos Flor, que representa os moradores da zona Poente.

Fonte da Sociedade Polis Litoral da Ria Formosa disse à Lusa que o alargamento do realojamento a mais 12 famílias está a ser “analisado” e que o processo está já em fase final de avaliação.

Já no extremo oposto da Praia de Faro, na zona Nascente, onde o número de famílias a realojar é inferior, várias pessoas entregaram entre terça-feira e hoje os documentos solicitados, disse à Lusa o líder da associação local de moradores.

Segundo Carlos Flor, a recusa em entregar a documentação pedida é uma forma de “reivindicar justiça” uma vez que existem ao todo 101 famílias com direito a serem realojadas e apenas 89 figuram nas listas do Polis.

Além da Sociedade Polis não explicar as razões para estas famílias terem ficado de fora, “ninguém sabe ainda para onde vai”, salienta o pescador, referindo que a associação que dirige “nunca proibiu ninguém de entregar os papéis”.

Por seu turno, o presidente da associação Dunamar, Gilberto Silva, refere que os moradores da zona Nascente “são livres de fazerem o que quiserem”, acrescentando que várias famílias entregaram já os documentos solicitados.

Lusa