O Movimento dos Convívios Fraternos (MCF) está a celebrar 40 anos de presença no Algarve e no passado sábado realizou-se o encontro que assinalou a data festiva.

Encontro_40_anos_convivios_fraternos_algarve12
Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo

Com a participação de 58 elementos de várias gerações de convivas que ao longo das últimas quatro décadas viveram aquela experiência, a iniciativa teve precisamente lugar na Casa de Retiros de Nossa Senhora do Rosário, em São Lourenço do Palmeiral, na união de freguesias de Alcantarilha e Pêra, que desde a primeira edição tem acolhido os Convívios Fraternos. Presentes estiveram Célia Mangas, Isabel Camilo e a irmã Leonor Bernardino, carmelita missionária, que participaram no primeiro Convívio Fraterno no Algarve, realizado de 03 a 05 de março de 1984, com 62 participantes, incluindo os 48 primeiros convivas algarvios.

Encontro_40_anos_convivios_fraternos_algarve17
Irmã Leonor Bernardino (E), Isabel Camilo (C) e Célia Mangas (D) – Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo
Encontro_40_anos_convivios_fraternos_algarve23
Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo
Encontro_40_anos_convivios_fraternos_algarve24
Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo
Encontro_40_anos_convivios_fraternos_algarve29
Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo

No encontro de sábado, após o acolhimento e a oração da manhã, presidida na capela pelo assistente diocesano do MCF, o padre António de Freitas, os participantes ouviram o testemunho do iniciador do MCF no Algarve sobre a realização daquele primeiro Convívio Fraterno nº 203 na diocese. O padre Luís Gonzaga, que, juntamente com o cónego Manuel Rodrigues, fez com que o movimento chegasse ao Algarve, realçou importância dos Convívios Fraternos na dinamização da pastoral juvenil algarvia.

Encontro_40_anos_convivios_fraternos_algarve33
Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo
Encontro_40_anos_convivios_fraternos_algarve32
Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo

Seguiu-se então um momento de partilha por grupos sobre o que significou para cada um dos presentes a participação no Convívio Fraterno e uma oração mariana, novamente na capela, que também foi presidida pelo padre António de Freitas.

Encontro_40_anos_convivios_fraternos_algarve45
Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo
Encontro_40_anos_convivios_fraternos_algarve46
Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo
Encontro_40_anos_convivios_fraternos_algarve49
Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo
Encontro_40_anos_convivios_fraternos_algarve51
Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo
Encontro_40_anos_convivios_fraternos_algarve66
Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo

A manhã terminou com a foto de grupo e, após o almoço, a tarde teve início com o testemunho do casal Marlene e Gonçalo Santos em que partilharam como é que o Convívio Fraterno os marcou e proporcionou que os seus caminhos se cruzassem.

Encontro_40_anos_convivios_fraternos_algarve84
Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo
Encontro_40_anos_convivios_fraternos_algarve85
Marlene e Gonçalo Santos – Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo

Gonçalo, que só aceitou participar ao segundo convite, considerou ter sido “um abanão para reavivar a chama” da fé. Tal como Marlene, que testemunhou a importância de ter sido convidada para a equipa diocesana do MCF, explicou o que mais o reteve daquela participação e acrescentou que ter sido depois convidado para fazer parte da equipa da cozinha lhe proporcionou viver a “experiência muito enriquecedora” de se “colocar ao serviço dos outros”.

Aquele conviva garantiu que o compromisso na sua paróquia foi “efeito do convívio” e acrescentou que o “quarto dia” (período pós-convívio) será “sempre um caminho a percorrer” ao longo da vida. “É uma continuação da nossa caminhada de fé, da nossa vivência, da nossa partilha com os outros porque temos nas mãos uma herança que Deus e Cristo nos dá e essa herança é para ir sendo transmitida. A herança é sermos sinal e rosto de Cristo para os outros, mostrar Cristo aos outros que não estão integrados na Igreja, que estão à nossa volta, no nosso trabalho, no dia a dia”, sustentou.

Encontro_40_anos_convivios_fraternos_algarve90
Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo
Encontro_40_anos_convivios_fraternos_algarve74
Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo

A tarde prosseguiu com a recordação fotográfica de alguns dos principais momentos vividos pelos convivas algarvios ao longo dos 40 anos do movimento e com os testemunhos das participantes no primeiro convívio no Algarve. Célia Mangas contou ter participado “um pouco a medo” porque não sabia o que a esperava. “Foi uma experiência enriquecedora. Fez-me aproximar mais de Jesus Cristo e a sensação que tive, quando saí daqui, era que ia mudar o mundo”, relatou, acrescentando que o que ali aprendem ajuda a viver os restantes dias.

Encontro_40_anos_convivios_fraternos_algarve96
Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo

Isabel Camilo, também de Estômbar, que reforçou a ideia de “experiência enriquecedora”, acrescentou ter sido também “magnífica”. “Nunca esquecerei. Não vim conhecer Jesus Cristo porque já o conhecia desde a mais tenra idade, mas foi um abanão, uma força diferente. Foi também um encontro comigo mesma, um tempo de paragem muito gratificante”, completou, acrescentando que desde então nunca deixou “apagar a luz” que ali se acendeu.

A irmã Leonor Bernardino explicou que o Convívio Fraterno também não foi para si um momento de encontro com Jesus porque “já o tinha feito”. “Mas foi um momento para aprofundar e para me aproximar mais dele, para viver essa relação mais pessoal com Jesus e também para descobrir que havia outros jovens no Algarve que viviam esta fé em Jesus”, desenvolveu aquela carmelita missionária, natural de Bensafrim, acrescentando que ter feito essa descoberta a “marcou muito” e também a fez “perceber que Jesus tinha um plano de vida” para si. “Saí do convívio com algo muito claro na minha cabeça: a minha vida só fazia sentido se fosse para viver no serviço aos outros. E foi a partir daí que depois fui tomando outras decisões que vieram na sequência desta tomada de consciência”, sustentou.

Encontro_40_anos_convivios_fraternos_algarve94
Paula Santos – Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo
Encontro_40_anos_convivios_fraternos_algarve99
André Fonseca – Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo

A tarde prosseguiu com outros testemunhos, como o de Paula Santos que durante muitos anos fez parte da equipa diocesana o MCF e lembrou a realização de convívios com 55 participantes ou o do seminarista André Fonseca que testemunhou a contribuição da participação no convívio nº 1385 para a decisão de entrar no Seminário.

Encontro_40_anos_convivios_fraternos_algarve106
Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo

O encontro terminou com a celebração da Eucaristia na capela da casa, presidida pelo padre António de Freitas.

Foi há 40 anos que se realizou o primeiro Convívio Fraterno no Algarve