Em comunicado, a autarquia diz que já se investiu 29 mil euros em tratamentos para tentar salvar as palmeiras e que serão necessários mais 36 mil euros para limpar, cortar e incinerar as 70 já identificadas como irrecuperáveis.
“Estamos a envidar todos os esforços para atenuar o cataclismo ambiental que esta praga acarreta, já que esta espécie é um marco identitário da cidade e do concelho, pelo que merece o esforço financeiro”, refere a autarquia.
De acordo com a Câmara, a Fagar, empresa municipal de gestão das águas e resíduos e que tem combatido a praga em articulação com a autarquia, trata todas as palmeiras “independentemente de apresentarem sinais de infestação”.
Em conjunto, têm garantido “um apertado plano” de vigilância às palmeiras na identificação dos sintomas da doença, tendo definido um “plano de ataque” que passa pela aplicação regular de produtos para prevenir ou curar a doença.
O tratamento, que não oferece garantias de sucesso, consiste na inundação da coroa com um produto biológico à base de vermes (chamados nemátodos), dura pelo menos dois anos e os resultados só são visíveis ao fim de nove meses.
O escaravelho das palmeiras é um inseto que vive e se alimenta no interior do tronco desta e os danos produzidos são tão graves que as árvores ficam normalmente irrecuperáveis.
Pelo facto de estes insetos conseguirem efetuar voos contínuos de distâncias entre os quatro e os cinco quilómetros, a sua propagação é difícil de conter.
Lusa