A comissão política da concelhia do PS Faro reuniu-se terça feira à noite para analisar documentos facultados pelo município para tomarem uma decisão sobre o plano de reequilíbrio financeiro, que vai ser votado em Assembleia Municipal dia 03 de novembro.

“Depois de analisar documentos camarários concluiu-se que a faturação/dívida da câmara PSD neste ano de mandato teve um aumento de cinco milhões”, disse o vereador socialista da Câmara de Faro, João Marques, em entrevista à agência Lusa, referindo que em 2009 a dívida do município era de 27 milhões de euros e que, a dois meses do fim de 2010, é de “31,286 milhões de euros”.

O PS Faro afirma ainda que depois de ter tido acesso aos documentos facultados pelo município, verificou que “os encargos com pessoal tiveram um aumento de cerca de um milhão de euros”, um crescimento que se pode explicar, por exemplo, com gastos em indemnizações ou o aumento do número de vereadores (mais dois em relação ao anterior executivo, liderado pelo PS), argumentou o líder da oposição na Câmara de Faro.

“Fica demonstrado que o atual executivo não conseguiu gerir as contas da câmara, e não conteve a despesa, razão de vir só agora propor um plano de reequilíbrio financeiro”, disse João Marques, recordando que Orçamento da Câmara de 2009 era de um total de “74 milhões de euros”, e que em 2010 passou para “98 milhões de euros”.

O PS Faro ainda não decidiu que posição vai tomar em Assembleia Municipal, mas garante que vai ter sempre presente “os problemas e ajudas aos que mais necessitam”.

Segundo a Comissão política do PS/Faro, o plano de reequilíbrio que propõe um empréstimo de 48 milhões de euros, tem como perspetiva o “pagamento a 20 anos com um spread que obrigará a câmara a pagar 102 milhões de euros até fim do contrato, o dobro do recurso”.

Lusa