Segundo o BE, a introdução de portagens naquela via é “uma medida intolerável, que lesa gravemente a oferta turística, essencial para o produtor regional, lesa as populações, em particular os trabalhadores e as empresas, e que vêm apenas agudizar a situação de grave crise que se abateu na região”.

Pelo PSD, o deputado Jorge Costa reiterou a posição dos sociais-democratas de que “o país não tem condições para pagar a elevada fatura das SCUT”, defendendo “o princípio da universalidade”: “Devem pagar todos e todos por igual”, disse.

O socialista Miguel Freitas argumentou, por seu turno, que a introdução de SCUT foi uma medida do Orçamento do Estado e sublinhou que para “minorar o impacto” da introdução de portagens na via do Infante, foi criada uma isenção até junho de 2012, altura em que a estrada nacional 125 (EN 125) deverá estar requalificada.

Apesar de defender o “princípio do utilizador-pagador”, o CDS-PP, pela voz de Artur Rego, mostrou-se disponível para “analisar” a situação específica da via do Infante que, argumentou o deputado democrata-cristão, “não é uma SCUT, é um IC [Itinerário Complementar]”, foi construída num Governo de Cavaco Silva com “fundos do Estado e está paga integralmente”, admitindo que apenas o troço entre Alcantarilha e Lagos tem perfil de SCUT.

O deputado comunista João Ramos referiu as “implicações” que a introdução de portagens naquela via terá na economia regional e frisou que “não é sério” aceitar como alternativa a EN 125, uma estrada com um “processo de requalificação bastante atrasado” e que, no final do qual, terá 85 rotundas.

Cecília Honório, do BE, lamentou que PS e PSD tenham faltado “à chamada de um debate decisivo para a região”, elevando o tom quando se dirigiu aos socialistas, que acusou de assumirem sua “deslealdade” para com as populações.

Lusa