Por seu lado, a concelhia do PS de Vila Real de Santo António (VRSA) "repudiou totalmente as insinuações infundadas do PSD" sobre a nomeação de David Murta, através de concurso público, para a direção da Escola de Hotelaria e Turismo, alegando que "foram cumpridos, escrupulosamente, todos os preceitos legais estabelecidos para o efeito".

Os sociais democratas de Vila Real de Santo António, que nas eleições autárquicas de 2005 derrotaram António Murta, levando à eleição do atual presidente da Câmara, Luís Gomes, consideram que David Murta "não tem formação ou qualificações profissionais para o cargo" e a sua nomeação é "uma manifestação daquilo que é conhecido como ‘jobs for the boys’”.

"Que qualificações apresenta David Murta para o cargo para o qual foi nomeado? Que outra explicação poderemos dar que não a sua militância no Partido Socialista?", questionou António Cabrita, vice presidente da concelhia do PSD de Vila Real de Santo António, num comunicado.

Na resposta ao PSD, os socialistas consideraram "lamentável que a escolha de um jovem vila-realense para dirigir a escola local de hotelaria seja usada como objeto de arremesso político, quando devia ser motivo de orgulho para a cidade e para o coletivo da juventude".

"David Murta cumpre todos os requisitos para o cargo, tendo sido selecionado num processo público de candidaturas, como se comprova através do anúncio de oferta de emprego publicado no Diário de Notícias do dia 07 de janeiro do corrente ano", afirma a concelhia do PS, também em comunicado.

Os socialistas sublinham que o concurso, "levado a efeito pelo Turismo de Portugal, está auditado, tendo o nomeado sido sujeito a todos os procedimentos até ser nomeado no passado dia 29 de abril, conjuntamente com os novos diretores das escolas de hotelaria de Lisboa e Portalegre".

"O PS de Vila Real de Santo António não pode deixar de estranhar a reação dos sociais-democratas a esta nomeação, considerando-a ‘partidária’ quando todos os cargos relevantes no concelho estão preenchidos por elementos seus ou apoiantes de circunstância", considerou ainda a concelhia socialista.

Lusa