
A dívida contraída pela Câmara Municipal de Loulé no anterior mandato “serviu para a alavancagem financeira necessária”, de modo a permitir “aproveitar as verbas dos quadros comunitários de apoio”, considerou na terça-feira a Concelhia do PSD.
A Concelhia Política da Secção de Loulé do PSD reagiu, assim, ao anúncio do atual executivo municipal (PS) de que vai liquidar até ao final do ano o empréstimo de 14,5 milhões de euros contraído com o Estado no âmbito do Programa de Apoio à Economia Local (PAEL) e que deveria ser saldado até 2017.
Na segunda-feira, o presidente da Câmara de Loulé, Vítor Aleixo, explicou em conferência de imprensa que os dez milhões de euros que estavam em dívida vão ser saldados e que no último ano o executivo reduziu em 13,1 milhões de euros o passivo que, em outubro de 2013, era de 80 milhões de euros.
Vítor Aleixo disse, ainda, que a dívida municipal foi reduzida em 11,4 milhões de euros e que, com a liquidação do PAEL, prevê uma redução do passivo entre 22 a 24 milhões de euros.
Em comunicado, o PSD de Loulé sublinhou que em 2012/2013 a dívida da Câmara de Loulé foi reduzida em cerca de 28,9 milhões de euros e que em dezembro de 2013 o saldo bancário e da tesouraria do município era de 19,2 milhões de euros.
“Mais de 70% do valor necessário para pagar a dívida de médio e longo prazo do presente mandato autárquico, o que lhe permite, conforme anunciado, avançar para a diminuição do seu nível de endividamento e para a redução da taxa de IMI”, sublinhou a Concelhia do PSD.
Em declarações aos jornalistas, Vítor Aleixo disse esperar, com o alívio financeiro decorrente da libertação do PAEL, poder contratar pessoal, embora o Governo tenha imposto às autarquias limites nessa matéria, obrigando à manutenção da despesa com pessoal ao nível dos últimos três anos.