À margem de uma reunião com o Governo Civil de Faro, José Mendes Bota disse aos jornalistas não entender por que razão o número exacto de forças de segurança existentes no Algarve é um "segredo de Estado".

"Queremos saber exactamente numa série cronológica quantos havia no ano de 2000, em 2005 e quantos vão haver em 2010, acho que isto não tem nada de mais", afirmou o também deputado do PSD.

A Governadora Civil de Faro, Isilda Gomes, garantiu esta semana que o Algarve vai contar com um reforço de 200 militares no efectivo da GNR para o Natal e Passagem de Ano, sendo que metade ficará definitivamente na região.

Contudo, José Mendes Bota afirma querer saber ao certo quantos desses anunciados 100 elementos ficam realmente na região, uma vez que, diz, esse número "não é "líquido", pois dessa centena importa saber "quantos saem".

O deputado integrou uma delegação do PSD/Algarve que ontem se reuniu com a governadora civil de Faro para debater a questão da segurança na região, mas no final manifestou-se "desapontado" com o encontro.

Além de esperar a presença dos responsáveis pelos comandos distritais das várias forças de segurança, Mendes Bota lamentou ainda não ter tido acesso oficial ao número exacto de efectivos a prestar serviço no Algarve.

"Se não conhecemos e pelos vistos o Governo Civil também não sabe quantos efectivos exactos existem neste momento no Algarve, não podemos dizer se 100 é muito ou pouco, mas temos a sensação de que não é suficiente", afirmou.

Mendes Bota classificou ainda como "inaceitável" que apenas um corpo de Polícia Municipal tenha sido aprovado no Algarve – em Albufeira -, referindo que, mesmo assim, aquela corporação "funciona com grandes dificuldades".

"A Lei que rege estes corpos municipais de polícia tem que ser alterada porque há mais exigências em termos de habilitações para um elemento de um corpo deste género do que para um elemento da GNR ou da PSP", concluiu.