Pedro Santana Lopes disse hoje que já conseguiu reunir o número de assinaturas necessárias à convocação de um Congresso extraordinário do PSD e que espera que seja agendado para a primeira semana de Março.

"O congresso do PSD deve ser feito quanto antes, seja nesta base da recolha de assinaturas, seja pela convocatória normal que os órgão próprios nos termos estatutários podem fazê-lo. É urgente que tal aconteça seja por esta via ou por outra", defendeu o autarca farense.

Em entrevista à Lusa, Macário Correia referiu que se a opção for a de fazer um congresso antes das directas para a escolha de um líder vai estar-se a burocratizar o processo, no entanto sublinhou que o mais importante é que o congresso ocorra o mais depressa possível.

"É urgente que o PSD defina um rumo e um destino claro no contexto político do país e que se posicione, estabeleça prioridades de intervenção, crie uma liderança objectiva credível e a tempo inteiro", apelou Macário, adiantando que o PSD tem de mostrar que tem "uma equipa sólida, coesa, que tem propostas credíveis para o país e que tem maturidade e responsabilidade para governar a qualquer momento quando lhe for exigido pelos portugueses".

Pela via da recolha de assinaturas conduz a dois congressos, de outro modo poderá realizar-se só um congresso, constatou Macário Correia, acrescentando que a questão é a de haver um debate antes de um processo de eleição [do líder], ou haver um processo de eleição seguido de congresso.

"Os estatutos, neste momento, apontam para que se faça a eleição de um presidente e depois um congresso a seguir", assinalou.Recentemente, o antigo líder do PSD afirmou-se convicto de que reuniria até ao final desta semana as 2.500 assinaturas necessárias à convocação de um Congresso do partido.

Quando esta iniciativa foi tornada pública, a presidente do PSD, Manuela Ferreira Leite, considerou "bastante positivo" que haja um congresso extraordinário.