Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo

O Renovamento Carismático Católico (RCC) do Algarve promoveu, de 18 a 26 do mês passado, uma semana missionária, orientada pelo padre Fellinto de Oliveira Brito, sacerdote brasileiro da Diocese de Tianguá, no Ceará, Brasil.

Na vigília de oração com adoração eucarística, que teve lugar no passado dia 23 de maio na igreja de São Luís de Faro, o sacerdote exortou a uma vida cristã comprometida com Deus. “Muito mais poderoso do que o exorcismo, é você ter uma vida verdadeiramente comprometida com Nosso Senhor Jesus Cristo, se confessando regularmente, comungando, se possível, todos os dias, tendo uma vida de oração em casa, em grupo de oração, lendo a palavra de Deus”, alertou o sacerdote que desempenha funções de exorcista na sua diocese.

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O padre Fellinto Brito exortou a conhecer “sempre e mais” a palavra de Deus, um conhecimento que “nunca se esgota porque Deus é infinito”. “É preciso conhecer a Deus, conhecer as coisas de Deus”, defendeu.

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Criticando as pessoas “sem vida cristã” que “querem uma bênção do padre” como se se tratasse de uma magia, advertiu que “viver na graça de Deus é viver imunizado contra o mal”.

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O sacerdote relatou o caso de uma mulher que era maltratada pelo marido e pelos filhos, estava endividada e o procurou para pedir ajuda. “Pedi a Nosso Senhor que me desse uma palavra, uma inspiração para aquela sua serva e Nosso Senhor disse: adoração ao Santíssimo Sacramento”, contou, acrescentando tê-la aconselhado a fazer pelo menos 30 minutos de adoração eucarística e que, depois disso, os familiares deixaram de a maltratar.

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O padre Fellinto Brito explicou ainda que “os sacramentos são sinais de Deus que em si já trazem Deus”. “Nós precisamos buscar esses sinais porque nós vivemos deles”, destacou. “O Santíssimo Sacramento do altar, que nós adoramos, não é um símbolo, é Deus”, referiu acerca da eucaristia, lembrando os “sinais maravilhosos da sua presença”.

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Neste sentido, recordou o milagre eucarístico de Lanciano, em Itália, quando uma hóstia consagrada se transformou em carne humana e o vinho consagrado em sangue humano. “Até hoje essa santa hóstia está exposta numa âmbula de vidro para que todos a possam ver. As células da hóstia e do vinho consagrados estão vivas”, lembrou, acrescentando que, segundo os cientistas, “a carne da hóstia é carne do coração de um homem que sofreu uma angústia muito grande”. “A mesma hóstia que está lá, está aqui diante de nós”, completou.

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Nesse sentido, advertiu que todos os sacramentos que o padre administra “acontecem validamente independente da dignidade do ministro”. “Não depende da santidade do padre, depende de ele cumprir o ritual de consagrar como está no missal romano”, sustentou, lembrando que “a Igreja tem dois sacramentos de cura e libertação que são a confissão e a unção dos enfermos”.

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Acerca do primeiro contou o caso de uma senhora que sofria de cataratas e que, inexplicavelmente, ficou curada. Sobre o segundo explicou que quem absolve “é Nosso Senhor Jesus Cristo, através do sacerdócio, dando a graça da purificação” ao pecador. “O preciosíssimo sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo, o mesmo que foi derramado na cruz, é novamente derramado sobre a sua alma e todos os seus pecados são destruídos”, afirmou, explicando que se uma pessoa cometer um pecado mas se se arrepender, se se confessar e se receber o perdão de Deus, “para Deus aquele pecado não existe mais”, independentemente de ter de cumprir ou não pena. “Veja só o poder do sacramento da confissão”, observou.

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O sacerdote exortou assim à receção do sacramento da reconciliação. “Você, que tem a graça de ter um sacerdote para o atender em confissão, confesse-se”, aconselhou no final da vigília de oração que antecedeu a celebração da eucaristia.

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A semana missionária, que incluiu também encontros na igreja do Colégio em Portimão, na igreja das Ferreiras e na igreja de Vila Real de Santo António, concluiu-se no dia 26 de maio em Loulé com a realização de uma assembleia diocesana no Centro Paroquial que contou com a participação do bispo do Algarve, D. Manuel Quintas.