D. Manuel Quintas lembrou, na eucaristia de início do tempo de Quaresma a que presidiu na Sé de Faro, que esse montante reforçou o Fundo Social da Diocese do Algarve que, em 2012, distribuiu “pouco mais de 36 mil euros”.
O prelado acrescentou que aquela iniciativa de apoio às vítimas da crise, criada em fevereiro de 2009, que é composta por valores provenientes das renúncias quaresmais dos católicos algarvios, da contribuição de um mês de ordenado dos sacerdotes do Algarve e de donativos particulares, já distribuiu “mais de 91 mil euros” para ajuda de “casos muito concretos e muito pontuais”.
O pagamento de rendas de casa, propinas a estudantes ou contas na farmácia foram os exemplos dados por D. Manuel Quintas, que adiantou ainda que “o fundo está, praticamente, esgotado”. “Ainda, depois de amanhã, a comissão vai reunir para atender cerca de 30 pedidos mas não há capacidade económica para atender a todos os pedidos que nos chegam”, frisou.
Este ano a Igreja algarvia decidiu, tal como aconteceu em 2012 e 2011, que a próxima renúncia quaresmal se destine novamente a reforçar o seu Fundo Social que visa dar “prioridade às situações de carência mais grave”, concretamente junto da “população desempregada”.
A decisão foi tomada em dezembro do ano passado, após os membros do Conselho Presbiteral da Diocese do Algarve terem dado “parecer positivo” para que a renúncia de 2013 reverta “por inteiro” para esse fim.
A renúncia quaresmal é uma prática habitual na Igreja católica durante o período que serve de preparação para a Páscoa. Os fiéis são convidados a privar-se de bens supérfluos em favor das populações mais desfavorecidas e a entregar esse montante à sua diocese, que o encaminha para um projeto à sua escolha. Em 2011, a renúncia quaresmal dos católicos algarvios tinha rendido 25.726 euros e em 2010, 33.678 euros.
Samuel Mendonça
Igreja