O Turismo do Algarve acusou hoje o ex-ministro da Economia e a Federação Portuguesa de Golfe de "não defenderem os interesses do Algarve" ao escolher a Herdade da Comporta para organizar a prova de golfe ‘Ryder Cup 2018’.
"Estranhamente, a comissão de candidatura escolheu a Comporta – que não tem nenhum campo de golfe, tem apenas um projeto de construção de um campo de golfe, não tem tradição nem é destino de golfe, nem acredito que venha a ser. É um não-lugar. Estamos indignados e estupefactos. É incompreensível", afirmou o presidente do Turismo do Algarve, Nuno Aires.
Em declarações à Lusa, Carlos Beato recorda que "as regras do Ryder Cup tem como prioridade a promoção de regiões desfavorecidas" e declara que o Alentejo "também tem direito à vida".
"As nossas candidaturas – Herdade da Comporta e Costa Terra – eram muito fortes e não tenho dúvidas de que o Alentejo será o próximo destino de golfe do país", acrescentou Carlos Beato, referindo que têm estado a trabalhar nesse objetivo e que até 2015/16 querem ter pelo menos seis campos de golfe prontos.
A Comissão de Candidatura de Portugal à Ryder Cup 2018, da qual o ex-ministro Manuel Pinho é presidente, escolheu no sábado passado o projeto apresentado pela Herdade da Comporta para receber a prova, em detrimento de outras candidaturas, designadamente do projeto turístico da Costa Terra (também no Litoral Alentejano) e do Algarve.
Nuno Aires, do Turismo do Algarve, frisou que uma escolha que não seja o Algarve para acolher o campeonato Ryder Cup é "uma má escolha, porque a Herdade da Comporta é um não lugar".
Para Carlos Beato a escolha da Herdade da Comporta é a melhor nomeadamente pela "qualidade ambiental", por ter "100 quilómetros de frente mar", estar a uma hora de distância de vários aeroportos internacionais (Portela, Faro, Beja), "acesso à autoestrada, apoios hospitalares com duas unidades modernas em Setúbal.
A Lusa tentou obter uma reação do presidente da Comissão de Candidatura de Portugal à ‘Ryder Cup 2018’, Manuel Pinho, e do presidente da Federação Portuguesa de Golfe, Manuel Agrellos, mas não foi possível em tempo útil.
Lusa