Depois de terem estado na Santa Casa da Misericórdia, os símbolos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) visitaram ontem à tarde, ao som do hino do evento que decorrerá em 2023 em Lisboa, as escolas EB 2,3 e Secundária de São Brás de Alportel que no total acolhem cerca de 1200 alunos.

Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo

A iniciativa partiu do professor de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC), António Cabaço, em parceria com a paróquia local, e permitiu aos alunos daquela disciplina e a outros que a eles se quiseram juntar tomar contacto com a cruz e ícone mariano que têm percorrido todo o mundo, tendo visitado já mais de 90 países.

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“Cada um de vocês vive um momento único porque esta cruz e esta imagem de Nossa Senhora já passou por muitos países, pela mão de muitos milhões de jovens, mas nunca tinha podido estar na nossa diocese tanto tempo como agora. Já cá veio duas vezes, esta é a terceira, mas só agora é possível visitar vários sítios”, explicou o padre António de Freitas, um dos responsáveis pela programação da visita nas paróquias da vigararia de Faro, na Escola EB 2,3 Poeta Bernardo Passos, lembrando aos estudantes que também eles se uniram à multidão que, em cadeia, tem feito peregrinar aqueles símbolos.

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Aquele responsável, que chegou acompanhado por Vânia dos Santos, coordenadora do Setor da Pastoral Juvenil da Diocese do Algarve e membro do Comité Organizador Diocesano da JMJ 2023, assegurou aos jovens que Deus nunca os abandona. “Que [esta visita] seja um sinal grande de que Deus vos ama, vos quer ver felizes. Por isso, o Papa deseja que este momento seja, para cada um de vocês, o de reconhecer que sem Deus não podemos ser tão felizes”, prosseguiu, desejando que aquele momento marque as suas vidas.

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Na Escola Secundária José Belchior Viegas, o sacerdote garantiu que aqueles símbolos “estão a agarrar muitas vidas”. “Muitos jovens à frente destes símbolos rezaram, decidiram vidas, choraram, sorriram. E inspirados nestes símbolos conseguiram perceber muitas vezes aquilo a que Deus os estava a chamar e reencontraram-se com Ele, reencontrando também a felicidade da sua vida”, afirmou, acrescentando: “daqui a uns anos, quando participarem e virem estes símbolos nas JMJ, vão lembrar-se: esteve na minha escola, na minha terra, nas minhas mãos. Aqueles símbolos que o Papa segura e entrega aos jovens passaram também pelas minhas mãos para dizer que o amor de Deus é uma cadeia que testemunhamos e passamos uns aos outros, seja na escola, na família ou onde quer que estejamos. Que Jesus vos ajude sempre a marcar a vida dos outros pela diferença positiva”.

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O pároco de São Brás de Alportel lembrou a história e o significado daqueles objetos simbólicos. “Todos nos sentimos ligados a tantas mãos de jovens que carregam na sua vida, e sobretudo no seu coração, o amor a Jesus e a Maria”, acrescentou o padre António Farias.

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Os símbolos da JMJ partiram depois para a paróquia de Santa Catarina da Fonte do Bispo, confiada ao mesmo pároco, tendo sido recebidos ao final da tarde pelos jovens para um cortejo até à igreja paroquial. À noite regressaram a São Brás de Alportel para a concentração, na avenida principal, junto ao Monumento à Liberdade e à Paz, seguida de caminhada até à igreja matriz, onde decorreu uma pequena celebração.

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Os símbolos da JMJ estão a percorrer o Algarve, segundo um itinerário já divulgado, até ao dia 27 de novembro. Nesse dia serão levados até Mértola, onde serão entregues aos representantes da vizinha Diocese de Beja.

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A Cruz da JMJ foi entregue pelo Papa João Paulo II aos jovens em abril de 1984 e marcou o início de uma peregrinação da juventude de todo o mundo; em 2000, o mesmo pontífice confiou aos jovens uma cópia do ícone de Nossa Senhora ‘Maria Salus Populi Romani’.