"Estamos no Dia de Reis, tradicionalmente uma época de prendas e uma quadra festiva, e quisemos de forma simbólica dar ao Governo, através do governo civil, as prendas que deram este ano aos mais de 26 mil desempregados que existem no Algarve", explicou António Goulart, da União de Sindicatos.

O sindicalista algarvio defendeu que esta "é uma quadra festiva angustiada para milhares e milhares de trabalhadores, que vêem todos os dias empresas a fechar e o aumento do número de desempregados", e considerou que o Algarve, "face ao aumento previsível e habitual do desemprego nos meses de Janeiro e Fevereiro, pode estar à beira de uma crise económico-social gravíssima".

"Em Novembro havia 26 mil desempregados oficiais. Ainda não temos os números de Dezembro mas, com certeza, serão muito maiores e estamos a atingir recordes no nível de desemprego no Algarve", lamentou.

António Goulart disse que "há cada vez mais trabalhadores em dificuldades e sem condições para fazer frente ao dia-a-dia" e, por isso, "multiplicam-se os pedidos de ajuda às câmaras municipais, às misericórdias e a às instituições privadas de solidariedade social".

"O que não vemos é políticas do Governo para combater este problema e os membros deste Executivo a virem à região", criticou.