O responsável da Protecção Civil Municipal, comandante Eduardo Bonança, explicou à Lusa que foi feito "um acompanhamento da situação através das diversas entidades, nomeadamente PSP, GNR e Polícia Marítima", tendo todos os técnicos verificado se existiam locais afectados ou pedidos de ajuda, que não sucederam.
"Houve sim muitas pessoas a pedir esclarecimentos e informações, a perguntar se ocorreriam mais sismos ou tsunamis, que são aquelas perguntas às quais só Deus pode responder. Houve algum congestionamento nas linhas telefónicas, mas acalmou rapidamente", acrescentou.
Eduardo Bonança garantiu ainda que "se esteve muito longe de ser accionado o plano de emergência municipal”.
A cidade de Vila Real de Santo António foi construída no último quartel do século XVIII, no local onde antes se situava a povoação de Santo António de Arenilha, que ficou destruída em consequência do tsunami que se seguiu ao terramoto de 1755.
Após a sua destruição, o Marquês de Pombal deu ordem para construir uma nova cidade que servisse de ponto de controlo da foz do Guadiana e da fronteira com Espanha.
Vila Real de Santo António foi então construída em tempo recorde, com malha ortogonal perfeita, à semelhança da Baixa de Lisboa, também ela reconstruída após o terramoto, ficando as obras concluídas no espaço de dois anos, entre 1974 e 1776.