
O golfista inglês Steven Brown conquistou o primeiro título do European Tour no 13.º Portugal Masters, que terminou no domingo no Dom Pedro Victoria Golf Course, onde Ricardo Melo Gouveia e Tomás Silva ficaram no ‘top 30’.
Steven Brown, de 32 anos, encerrou a participação no torneio português, dotado de 1,5 milhões de euros em prémios monetários, com 267 pancadas, 17 abaixo do par do traçado algarvio, mas só garantiu o triunfo quando o sul-africano Brandon Stone encerrou o buraco 18 no par, para totalizar 268 ‘shots’ e ficar à margem mínima de levar a decisão do título num ‘play-off’.
“É de loucos pensar o quanto joguei bem no último mês e o quão mal joguei nos primeiros três meses do ano. Nunca pensei que isto fosse acontecer. Estava em contagem decrescente para ficar pronto para a Escola de Qualificação. Nas últimas semanas, psicologicamente, estive muito calmo. E, mesmo hoje, gostei do facto de ter corrido atrás e não ter tentado apenas fazer um bom resultado”, explicou o campeão e sucessor de Tom Lewis.
Graças à vitória, o sexto inglês a triunfar no Portugal Masters embolsou um prémio de 250 mil euros e ascendeu do 150.º ao 69.º posto da Corrida ao Dubai, garantindo, assim, a permanência no European Tour no próximo ano.
Entre os portugueses, Ricardo Melo Gouveia e Tomás Silva terminaram na 27.ª posição, com um agregado de 276 pancadas, oito abaixo do par.
O profissional algarvio conseguiu seis ‘birdies’, nos buracos 4, 5, 12, 15, 17 e 18, mas não conseguiu evitar três ‘bogeys’ (6, 8 e 11), para assinar um último cartão com 68 pancadas, três abaixo do par.
“Foi uma volta um bocadinho mais complicada. Não estive tão bem nos ‘greens’ e senti também mais dificuldade do ‘tee’. Foi uma volta mais atribulada, mas foi bom acabar com dois ‘birdies'”, afirmou.
Depois de falhar o “objetivo de vencer o Portugal Masters para assegurar a manutenção no circuito europeu em 2020” ou “garantir pontos suficientes para ir à última fase da Escola de Qualificação”, Ricardo Melo Gouveia confessou ter ficado “um pouco desiludido”, embora defenda ter sido “uma participação positiva” e se mostre confiante para o desafio na segunda fase da Escola.
“Sinto que o meu jogo está cada vez melhor. É uma questão de afinar um ou outro aspeto que não estiveram tão bem esta semana e acho que tenho ótimas hipóteses de voltar ao European Tour no próximo ano”, finalizou.
Tomás Silva, que chegou a estar 10 abaixo do par no agregado, cometeu um deslize no buraco 18 e, com um duplo ‘bogey’, encerrou a sua participação com uma última volta em 70 pancadas, após assinar seis ‘birdies’ (nos buracos 4, 5, 8, 12, 15 e 17) e três ‘bogeys’ (7, 11 e 14).
“A bola estava um bocadinho a descer, meio escondida num buraco, e a bandeira estava difícil. Tínhamos planeado só meter a bola no ‘green’, fazer dois ‘putts’ e ir embora, mas acabei por dar um mau ‘shot’. Mas, acho que aquele ‘shot’ não pode caracterizar a minha participação neste Portugal Masters. Senti-me muito bem ao longo de todo o torneio e acho que fica uma participação muito positiva da minha parte”, defendeu.
Tal como Melo Gouveia e Tomás Silva, Tiago Cruz considera ter protagonizado uma boa exibição no Dom Pedro Victoria Golf Course, onde registou um total de 278 pancadas, oito abaixo do par, e ficou no 40.º lugar do ‘leaderboard’.
“No total dos quatro dias, acho que foi bastante positivo. Infelizmente a volta de ontem [sábado] não me correu como queria, mas saio de cabeça erguida e sinto que podia estar a jogar ao mais alto nível”, frisou Tiago Cruz.