António Rodrigues (Mais Algarve) e Samuel Mendonça (Folha do Domingo) a acompanhar o Algarve na JMJ

Os algarvios que estão na Jornada Mundial da Juventude (JMJ) em Lisboa, inscritos pelo Comité Organizador Diocesano (COD) do Algarve, participaram na manhã desta sexta-feira, 4 de agosto, no terceiro encontro ‘Rise Up’ no Feijó, Almada, onde estão alojados.

Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo

O encontro de hoje consistiu, não num momento de diálogo e reflexão com intervenções como nos dois dias anteriores, mas numa celebração com adoração ao Santíssimo Sacramento.

Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo
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No início da oração, o bispo do Funchal disse aos jovens de vários países de expressão portuguesa ali presentes que a manhã de hoje, dedicada ao tema da misericórdia, seria para refletir sobre o amor.

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“Nos outros dias temos falado do respeito pela criação, desta necessidade de nos darmos bem uns com os outros, não apenas pessoas com pessoas, mas nações com nações. Nada disso será possível sem esta realidade grande e primeira que nos abraça que é o amor”, referiu D. Nuno Brás, explicando que amor é sinónimo de misericórdia. “Quando falamos de misericórdia, do que é que estamos a falar? Quando dizemos que Deus é misericordioso estamos a dizer que Deus é amor e que é um amor que não desiste de nada nem de ninguém, que não desiste de ti”, sustentou, acrescentando que por maior pecado que se tenha cometido “há sempre uma oportunidade, uma possibilidade”.

Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo
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“É este Deus que é amor que hoje temos aqui connosco. Mais do que ouvir o bispo, deixem que Jesus vos fale ao coração. Falem com Ele, não tenham medo, não tenham vergonha”, pediu, considerando que não há zona sombria da vida que não sejam iluminada quando cada um se decide a aproximar de Deus. “Deixem que a luz de Jesus Cristo ilumine também esse bocadinho de sombra. Só assim é que podes ser feliz, sem sombras e para isso precisas que a luz de Jesus Cristo te ilumine”, afirmou.

Aquele responsável católico exortou ainda os jovens a deixarem que Jesus lhes fale. “Hoje é o momento de deixarmos que Ele fale connosco e de falarmos também nós com Ele. Nas outras catequeses havia o vosso diálogo com o bispo. Hoje é muito mais importante. Hoje é o vosso diálogo com o próprio Cristo. Vamos ter todo o tempo para isso, para deixar que Ele nos purifique também no sacramento da confissão”, afirmou, lembrando a existência de sacerdotes no parque para administrarem o sacramento da Reconciliação, proposta a que os jovens aderiram sem hesitação ao longo dos últimos três dias como testemunham as filas que se formaram.

Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo
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Depois da adoração eucarística seguiu-se a Eucaristia presidida pelo bispo do Funchal.

Um dos jovens algarvios que está a participar pela primeira vez numa JMJ é Manuel Custódio da paróquia de Alvor. Aquele participante considera que as catequeses ‘Rise Up’ foram “bastante criativas e dinâmicas”. “Também nos põem em missão”, acrescenta, explicando que achou os temas “bastante importantes e atuais”.

Ana Alegre, da paróquia de Tavira, também diz que foram temas da atualidade que “estão bastante presentes”. “Acho que é bom falarmos enquanto jovens deste tipo de situações para também melhorarmos. As sessões foram muito interessantes para ouvir a opinião de muitas pessoas de várias partes do país e do mundo, para perceber o ponto de vista dessas pessoas que estão noutro continentes. Achei muito enriquecedor”, testemunhou.

Aquela peregrina considera que “o Papa Francisco é o que mais pensa nos jovens”. “Como temos estes problemas todos a acontecer, ele tenta buscar nos jovens a salvação para um futuro melhor”, refere, alertando que os jovens estão a “retirar-se da Igreja” devido às polémicas, mas que “este tipo de ações faz com que haja mais interesse”.

Cláudia Martins, da paróquia do Montenegro, também a viver a sua primeira JMJ, falou ainda sobre a mudança implementada no modelo das catequeses que passaram a incluir a participação dos jovens. “Esta mudança foi muito importante para porque alguns de nós sentem que não têm voz. Esta mudança foi uma mudança radical positiva. Podemos transmitir a nossa opinião e mostrar que não estamos só ligados à tecnologia e que nos importamos com os temas que foram aqui falados”, afirmou.

Sobre o modo como estão a viver a JMJ, Manuel Custódio escolhe o termo partilha para resumir o encontro apenas numa palavra e diz sentir-se “alegre e enriquecido”. “É bastante importante para o nosso país a nível cultural, mas para nós, cristãos, para crescermos na fé e podermos mostrar aos outros que Portugal também tem capacidade para fazer umas JMJ e mostrar a sua força, fé e cultura e também mostrar o que há de bom e nos orgulharmos em ser cristãos e portugueses”, afirmou, garantindo que repetiria a experiência “com todo gosto”.

Ana Alegre escolhe a palavra união para definir a JMJ. “Sinto-me bastante feliz porque Portugal está a mostrar que pode organizar este tipo de eventos com muita fé. É um orgulho enorme poder representar o país e dizer que estou em Portugal na JMJ”, refere.

Cláudia Martins escolhe a palavra enriquecedora para definir a experiência. “Como portuguesa sinto que é uma vitória. Sinto muito orgulho de ser portuguesa e de demonstrar a fé que os portugueses têm”, remata.