O encontro de final de ano dos grupos ‘Cristo na Empresa’ da ACEGE – Associação Cristã de Empresários e Gestores do Algarve foi desta vez orientado pelo assistente nacional daquela associação.
O padre José Pinheiro veio ao Algarve a convite do núcleo algarvio da ACEGE no passado dia 19 deste mês encontrar-se com 17 membros dos cinco grupos existentes na diocese. No encontro, que teve lugar na paróquia de São Luís, em Faro, e que contou com a presença do bispo do Algarve, D. Manuel Quintas, o sacerdote abordou o tema da santidade.
Aquele responsável disse aos empresários e gestores empresariais que a “união com Jesus” é “condição” para poderem fazer o “caminho para a santidade”. Assim, desafiou-os a “compreender a santidade como um caminho que é Jesus”, advertindo-os, contudo, tratar-se de “um caminho com muitas quedas”. “Os santos são pecadores que não se deixaram vencer, que se reergueram e que não desistiram nas suas quedas”, sustentou.
O padre José Pinheiro disse-lhes ainda que “a santidade, que é um dom de Deus, só pode ser comunicada quando inserida numa comunidade”. E, por isso, nós percebemos como é importante esta nossa pertença à Igreja, como é importante dentro da Igreja esta pertença ao nosso grupo ‘Cristo na Empresa’. Vai ser o caminho onde, como líderes de empresas, como gestores como cristãos no meio do mundo, podemos encontrar essa comunidade que ajuda neste caminho à santidade”, completou.
Aquele sacerdote da Diocese de Setúbal referiu ainda que “um dos testemunhos que os membros dos grupos ‘Cristo na Empresa’ dão é a experiência da unidade de vida”. “O trabalho não me afasta do meu desejo de estar com Jesus e de como posso fazer do meu trabalho um lugar de oração, de oferecimento, onde posso transformar a minha secretária num altar”, desenvolveu.
Também o bispo do Algarve aludiu à importância de “viver a vida com um sentido de doação aos outros”. “Viver a vida com este sentido de doação, entrega, serviço, de nos gastarmos uns pelos outros, é caminho de santidade”, reforçou D. Manuel Quintas que antes daquele encontro esteve presente na reunião de núcleos algarvios da ACEGE e presidiu à Eucaristia que se lhe seguiu.
Na introdução àquele encontro, o coordenador do núcleo algarvio da ACEGE adiantou que aquele encontro anual “procura replicar aquilo que é um encontro ‘Cristo na Empresa’”, ou seja, “há um tema, um dinamizador e um grupo que, não só vai «beber» tudo aquilo que vai ser dinamizado, mas também vai fazer o seu próprio discernimento e partilhar com os outros”, o que acabou por acontecer. “Percebermos aquilo que é a nossa vocação, a nossa missão e aquilo a que somos chamados nas empresas onde estamos, com as pessoas que lideramos, com aquelas que se cruzam connosco e que têm de ver em nós sinais da presença de Cristo”, afirmou Paulo Lopes.
Aquele empresário, que também faz parte da direção nacional da ACEGE, disse ainda aos presentes que faz parte da missão e do testemunho dos membros da associação que outros grupos ‘Cristo na Empresa’ sejam criados. “Todos temos de fazer este trabalho. Parte não do que dizemos, mas do que fazemos, daquilo que é o nosso exemplo, da forma como somos, agimos, decidimos e de como gerimos as nossas empresas”, afirmou.
O Algarve conta com grupos ‘Cristo na Empresa’ em Faro (3), Portimão (1) e Aljezur (1), havendo mais dois em perspetiva de formação. Cada um tem entre 6 a 9 elementos.
Segundo a ACEGE, os grupos ‘Cristo na Empresa’ “nasceram da necessidade” sentida por um conjunto de gestores católicos “de aprofundar e concretizar os valores e critérios propostos pela Doutrina Social da Igreja no contexto da sua vida profissional”.
