O diácono Albino Martins, do Centro Paroquial de Cachopo, disse a FOLHA DO DOMINGO que, para além dos 30 utentes, o Complexo Social D. Manuel Madureira Dias, daquela instituição, recebeu ontem mais cerca de 30 pessoas de vários pontos da freguesia, transportadas pela GNR.

Aquele responsável explicou que o salão da instituição foi transformado num espaço para pernoitar que acolheu, sobretudo, idosos de muitos montes isolados da freguesia. “Por volta das 3.30h de hoje viveram-se momentos de maior sobressalto quando as chamas começaram a vir em direção ao edifício do lar”, testemunhou o diácono Albino Martins, sublinhando o empenho e dedicação dos bombeiros que conseguiram controlar as chamas, que voltam agora a aproximar-se do edifício.

O diácono, que lamentou que não se tivessem salvo alguns animais e ressalvou que os bens ardidos foram apenas palheiros, assegurou a disponibilidade do Centro Paroquial de Cachopo para voltar a acolher esta noite mais pessoas.

Recorde-se que o dia nasceu com o incêndio a ser combatido em quatro frentes ativas por mais de 400 homens, apoiados por nove aviões bombardeiros e helicópteros e por 91 veículos, conforme explicou à Lusa a adjunta de operações do Comando Distrital de Operações de Socorro, Rolanda Jesus.

O incêndio de Tavira deflagrou por volta das 14h de ontem, em Catraia, na freguesia de Cachopo está também a ser combatido por bombeiros de Beja, Évora e Setúbal, a que se juntaram cinco pelotões militares.

Ao final da tarde era visível no litoral algarvio, nomeadamente nos concelhos de Faro e Olhão, uma extensa coluna de fumo e esta manhã as cinzas cobriam os automóveis estacionados.

Redação com Lusa