(Sobre tomar posições e outras coisas corajosas…)
Por variadíssimas razões que não vêm agora para o caso, tenho tido, por estes dias, que assumir decisões acerca de tomadas de posição que tenho de ter. Às vezes a tomada de posição não é fácil, confesso, pois o ênfase dos assuntos, ou o contexto que os rodeia (ou empola), pode levar-nos a agir sem pensar, ou pelo menos, sem acautelar um pensamento crítico, sobre todos os contornos e nuances que as coisas têm. É que quase tudo tem duas faces e vários ângulos de análise, várias nuances que, como as madeixas fininhas do cabelo, se misturam entre si. E então aí penso. E parece que procuro buscar cá dentro, o equilíbrio de tudo, até que chegue a um ponto que me pareça satisfatório, equilibrado e que me devolve tranquilidade para tomar a decisão.
Hoje dizia a um dos meus filhos que essa busca do pensamento crítico sobre as coisas, deve ser aquilo que nunca nos deixe, sob pena de deixarmos de pensar por nós, para nos diluirmos no pensamento dos grupos a que pertencemos. E dizia-lhe que esse pensamento crítico deve estar presente sempre, mesmo que nos pareça que não há nada para pensar. É que, mesmo que a nossa decisão seja errada (estamos sempre sujeitos a isso, valha-nos depois a humildade de reconhecer e de crescer….) é nossa, resultou de um posicionamento pensado e será por isso, sempre, mas sempre legítima e nunca leviana.
Outra coisinha difícil, esta… arrojada, desafiante, rara, mas tão necessária!
‘Bora’ ser corajosos?