O portão principal da escola EB1 de Alto Rodes, em Faro, está hoje, pelo segundo dia consecutivo, fechado com cola, com os alunos a serem encaminhados para as salas de aulas através de uma porta alternativa.
A situação, constatada pela Lusa no local, já levou à demarcação da Associação de Pais – que tem protestado contra a alteração de horários no estabelecimento de ensino -, assegurando desconhecer a autoria da iniciativa.
“Esta não tem sido a sua estratégia na luta que tem desenvolvido pela manutenção dos horários originais”, disse à agência Lusa um dos elementos da Associação de Pais, Elsa Cavaco, acrescentando, todavia, que estas iniciativas surgem no “âmbito da aplicação de um horário completamente desadequado para a escola e lesivo para os alunos” e, por esse motivo, “há pais muito descontentes”.
No dia 11 de novembro, mais de centena e meia de encarregados de educação e alunos protestaram junto da direção do agrupamento de Escolas D. Afonso III, contra a alteração dos horários e exigiram aulas em regime normal.
O novo horário impôs 25 horas semanais e obriga as crianças do turno da manhã a entrarem às 07:50, com saída às 13:10, e as da tarde a entrarem às 13:20 e a saírem às 18:40, com intervalos de 20 minutos, em vez dos tradicionais 30 minutos.
“Queremos mudança com horários para crianças” e “Se as 25 horas são para cumprir, horário normal vamos pedir” foram duas das frases inscritas nas faixas negras levadas para a manifestação frente à direção do Agrupamento de Escolas D. Afonso III.
O aumento do horário de 22,5 para 25 horas semanais foi comunicado àquela escola no final de outubro pela Direção Regional de Educação (DRE) do Algarve, que diz estar a cumprir a lei, imposta pela Inspeção-Geral de Educação e Ciência (IGEC).
A Lusa tentou falar com a diretora do agrupamento de Escolas Afonso III, sem sucesso até ao momento.