Festival_som_riscado“Som Riscado” é o nome do novo festival que Loulé vai conhecer, de 31 de março a 03 de abril, um evento que desafiou vários artistas a criarem projetos que aliam a imagem ao som, para fomentar a reflexão sobre o concelho.

O conceito nasceu da vontade de atrair o público jovem e jovem/adulto do concelho de Loulé, explicou à Lusa a responsável da divisão de cultura da Câmara de Loulé, Dália Paulo, observando que as camadas mais jovens parecem estar afastadas do pensamento da cidade.

“Foi com esse objetivo de ir através da cultura e da arte, buscar esse público, que este ‘Som Riscado’ foi pensado, perspetivando que, a partir deste festival, pudéssemos trazer para a vida da cidade este público tão importante para o pensamento e para a construção da cidade futura”, disse aquela responsável.

O festival vai ter como “epicentro” o Cineteatro Louletano, mas irá decorrer em diferentes locais da cidade, como é o caso da Casa da Cultura de Loulé, a Cerca do Convento e a Praça da República, integrando também propostas infantis e familiares.

Concertos, ‘performances’, exposições, instalações e espaços de formação, de debate e reflexão compõe o programa desta primeira edição deste festival, que desafiou artistas emergentes e reconhecidos em diferentes áreas artísticas a entrosarem-se e criarem apresentações praticamente “irrepetíveis”, contou Dália Paulo.

O diálogo entre o fotógrafo Vasco Célio, o contrabaixista Carlos Barretto e o acordeonista algarvio João Frade, e o projeto dos Sampladélicos, em que o músico Sílvio Rosado e o documentarista Tiago Pereira criaram uma ‘performance’ audiovisual a partir das gravações de práticas musicais ou de ambientes sonoros do concelho de Loulé, são exemplos da singularidade das propostas.

Entre os artistas convidados estão os Sensible Soccers e os Holy Nothing, que vão apresentar os seus trabalhos mais recentes neste festival e ainda o projeto audiovisual “Boris Chimp 504”, da dupla Miguel Neto e Rodrigo Carvalho.

“É importante que a região e nomeadamente Loulé tenham a possibilidade de fazer cruzamento interdisciplinares, que não se compartimente em caixinhas as áreas das artes visuais por um lado e das artes performativas por outro”, observou Dália Paulo.

A Câmara Municipal de Loulé promove este festival através do Cineteatro Louletano mas conta com a participação da Universidade do Algarve, da ETIC Algarve, do Instituto Superior Dom Afonso III (INUAF), do Agrupamento de Escolas Dr.ª Laura Ayres de Quarteira, da Casa da Cultura de Loulé e do Studio43.

O programa contempla ainda alguns eventos de entrada gratuita.

O bilhete para os quatro dias, adquirido antecipadamente, custa dez euros e o bilhete diário custa oito euros, com preços reduzidos para maiores de 65 anos e menores de 30 anos.