Foto © Samuel Mendonça
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O vigário regional do Opus Dei presidiu no passado dia 25 de abril, na Sé de Faro, a uma missa de ação de graças pela beatificação de D. Álvaro del Portillo, prelado do Opus Dei falecido em 1994.

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Monsenhor José Rafael Espírito Santo lembrou que “a Igreja estabeleceu que, no ano a seguir à beatificação dos bem-aventurados, se possa celebrar missa com alguma solenidade, agradecendo essa beatificação”, lembrando que “qualquer beatificação é motivo de ação de graças”. “É a Igreja que propõe o exemplo de alguém que nos precedeu e que nos continua a ajudar na fé, que é para nós exemplo e fonte de ensinamento. A Igreja dá-nos esse exemplo, não só para que nós o sigamos, mas também para que recorramos à sua intercessão”, afirmou, referindo-se ao caso concreto de D. Álvaro del Portillo. “Foi um desses bons pastores que, como muitos de nós experimentámos diretamente, deu a sua vida para nos contagiar com a alegria do evangelho, vivida nas circunstâncias correntes da nossa existência”, destacou.

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“Não só agradecemos a beatificação de D. Álvaro, como também temos de agradecer a própria cerimónia da beatificação porque constituiu um acontecimento de uma simplicidade tão extraordinária que não pode ficar só na memória. Tem de marcar o pano de fundo da nossa vida”, acrescentou o sacerdote, que evocou “a recordação daquela gente, vinda de todo o mundo, unida na oração, na gratidão e na alegria” durante a celebração da beatificação ocorrida em outubro passado. “E isso foi só uma pequena amostra daquilo que se verificou um pouco por todo o lado, entre as pessoas que acompanharam a beatificação através dos meios de comunicação social. A recordação daquela gente, ali em Madrid, há-de ajudar-nos a perceber as maravilhas que Deus faz e fará se incorporarmos a fidelidade que caraterizou a vida do beato Álvaro”, sustentou, lembrando que algo de semelhante aconteceu com na beatificação e na canonização de São José Maria [Escrivá de Balaguer], fundador do Opus Dei.

O Opus Dei foi criado pelo sacerdote espanhol em 1928, canonizado em 2002, com a finalidade de colaborar na missão evangelizadora da Igreja e na difusão da visão cristã no mundo.

Depois da morte do fundador, em 1975, assumiram a liderança da instituição católica Álvaro del Portillo e, mais recentemente, o bispo Javier Echevarría Rodríguez.

Na missa, que foi concelebrada pelo padre Pedro Regojo, assistente dos núcleos do Opus Dei no Algarve, e pelo padre Pedro Manuel, pároco da Sé de Faro, Monsenhor José Rafael Espírito Santo citou ainda a carta que o Papa Francisco escreveu ao prelado do Opus Dei na ocasião da beatificação. “D. Álvaro envia-nos uma mensagem muito clara: diz-nos que confiemos no Senhor. Anima-nos a não termos medo de ir contracorrente e de sofrer por anunciar o evangelho. Além disso, ensina-nos que, na simplicidade e quotidianidade da nossa vida, podemos encontrar um caminho seguro de santidade”, afirmou, lembrando que este ano, “por iniciativa do prelado do Opus Dei, é também um ano mariano de oração, em união com o papa, pelas famílias de todo o mundo e pelo próximo Sínodo”.

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Álvaro José Maria Eulogio del Portillo y Diez de Sollano, que está sepultado na cripta da igreja prelatícia de Santa Maria da Paz, na sede central do Opus Dei, em Roma, distinguiu-se pelo empenho na divulgação e implementação da obra em vários países.

O espaço à beatificação do prelado foi aberto pelo Vaticano em julho de 2013, através da aprovação de um milagre atribuído à intercessão de Álvaro del Portillo, envolvendo a cura de um menino chileno chamado José Ignacio Ureta Wilson.