Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo

A edição deste mês dos “Encontros no Silêncio” que a comunidade algarvia das Carmelitas Descalças tem estado a promover contou com a presença do bispo do Algarve, D. Manuel Quintas, que apresentou o seu testemunho vocacional.

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O convidado deste mês daqueles encontros, que têm vindo a ser espaço para a apresentação de diversos testemunhos vocacionais, lembrou aos jovens que “Deus manifesta-se mais no silêncio”. “Deus fala-nos de muitas maneiras e muitos modos. É preciso é estar atentos. É esse olhar de fé da nossa parte que ajuda a descobrir os sinais da presença de Deus e, sobretudo, a descobrir o olhar de misericórdia de Deus quando nos interpela e nos lança tantos desafios”, alertou.

No encontro que teve, uma vez mais lugar no Carmelo de Nossa Senhora Rainha do Mundo, no Patacão, no passado dia 2 deste mês com a participação de cerca de 30 jovens, D. Manuel Quintas explicou aos jovens que a vida consagrada em institutos ou congregações religiosas designa-se “de especial consagração” porque os consagrados ou religiosos procuram “seguir Cristo mais de perto”.

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O prelado acrescentou ainda que a vida consagrada “apoia-se no batismo que é comum a todos” os cristãos, sendo “aí que radica a vocação universal de santidade”. “Somos chamados a ser santos a partir do batismo e no caminho que o Senhor nos indica para seguirmos”, sustentou, lembrando que “aqueles que se consagram a Deus, seguindo Cristo mais de perto”, “identificam-se com Ele na opção pela pobreza, obediência, virgindade e celibato consagrado”.

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“Esta vocação – que é um privilégio para aqueles que a acolhem na sua vida – não faz dos consagrados privilegiados nem superiores àqueles que não seguem essa vocação. Antes pelo contrário, faz deles servos à semelhança de Cristo”, complementou, explicando que os consagrados são “testemunhas qualificadas de Cristo ressuscitado porque Deus chamou-os e deu-lhe os dons para viverem desse modo e para serem sinais vivos de Cristo”.

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D. Manuel Quintas afirmou que, relativamente por exemplo ao matrimónio, um dos aspetos positivos da caminhada nas vocações consagradas é ser constituída por várias etapas. “Há aqui uma pedagogia da parte da Igreja que favorece uma decisão que não tem que ser imediata”, observou.

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O bispo do Algarve lembrou também que viver em comunidade é um elemento essencial da vida num instituto religioso e algo que o difere, por exemplo, da vida consagrada num instituto secular onde os seus membros vivem fora da comunidade.

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O encontro, que contou também com momentos de silêncio para reflexão e oração pessoal, terminou com a celebração da eucaristia, presidida pelo bispo do Algarve.

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Os “Encontros no Silêncio” destinam-se a jovens a partir dos 18 anos de ambos os sexos e, para além de um espaço de oração, pretendem também contribuir para o seu discernimento vocacional.

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