O bispo do Algarve presidiu no passado sábado, 19 de julho, à solenidade do 82º aniversário da dedicação da Sé de Faro, a igreja-mãe da diocese algarvia.
Na Eucaristia, que celebradas à noite, D. Manuel Quintas começou por lembrar que “a palavra Sé vem de cadeira”. “É a mesma coisa que dizer catedral”, sustentou, explicando que esta indica a igreja-mãe que contém a cátedra, a cadeira do bispo.
“Aquele lugar não é de honra. É serviço. Aquilo assusta o bispo. Quer dizer que o bispo é o primeiro catequista da diocese. É o primeiro missionário. É como se fosse um professor catedrático que tem a sua cadeira para lecionar. Quer dizer que o bispo deve ser mestre. Deve ser, acima de tudo, alguém que anuncia a pessoa de Cristo e o Evangelho pela palavra e pela vida. É por isso que aquela cadeira se chama a cátedra do bispo e é por isso que esta igreja se chama catedral”, justificou.
O bispo diocesano lembrou então que anualmente a 19 de julho se celebra o aniversário da dedicação daquela catedral, ou seja, “da consagração a Deus” daquele espaço. “Como fazemos a dedicação, a consagração de Deus, das nossas igrejas paroquiais nas nossas paróquias”, comparou.
Foi em 1943 que o bispo do Algarve da altura, D. Marcelino Franco, realizou a dedicação da catedral diocesana por não se conhecer qualquer data em que esta celebração tivesse sido realizada, tendo escolhido a das suas bodas de ouro sacerdotais.
D. Manuel Quintas lembrou ainda que também a Sé de Silves foi a catedral algarvia durante muitos anos, de 1250 a 1577, durante o episcopado de 33 bispos do Algarve, até passagem da sede da diocese para Faro.