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Na vigararia de Tavira – Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo

O Sector da Pastoral Juvenil da Diocese do Algarve apresentou, uma vez mais, a proposta e os jovens católicos algarvios voltaram a responder positivamente.

Quase 400 jovens participaram assim no ‘Advento Jovem’, uma atividade proposta este ano a cada uma das quatro vigararias (grupos de várias paróquias) que constituem a diocese algarvia, que se destinou a jovens maiores de 16 anos, pertencentes a grupos a partir do 10º ano de catequese ou a movimentos juvenis, e que teve como finalidade levar os participantes a renovar o seu compromisso de acolher Jesus no Natal.

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Na vigararia de Portimão

Assim, na passada sexta-feira à noite, a vigília de oração teve lugar com 50 participantes na paróquia de Nossa Senhora do Amparo de Portimão para os jovens das paróquias que constituem a vigararia de Portimão, com 127 participantes na paróquia das Ferreiras para os jovens das paróquias que constituem a vigararia de Loulé e com 200 participantes no vicariato do Siroco, em Olhão, para os jovens das paróquias que constituem a vigararia de Faro.

No último sábado, o ‘Advento Jovem’ realizou-se na paróquia da Luz de Tavira para os jovens das paróquias que constituem a vigararia de Tavira. O encontro contou com 20 jovens e seis adultos, oriundos das paróquias de Tavira para além da paróquia anfitriã e teve lugar na igreja paroquial sob a presidência do pároco local.

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Na vigararia de Loulé

Aos jovens presentes, o padre Fernando Rafael Rocha lembrou que o atual tempo litúrgico do Advento – constituído no calendário religioso pelas quatro semanas que antecedem o Natal – é “tempo de expectativa”, “de penitência”, “de alegria” porque a quadra natalícia está próxima, mas, sobretudo, “de encontro”. Neste sentido, desafiou os jovens “ao encontro da pessoa de Jesus”.

“Quando temos um verdadeiro encontro com Jesus, a nossa vontade é partilhar esse encontro porque a alegria que sentimos interiormente é tão grande”, afirmou, considerando que a “presença de Deus” na própria vida impele a “enfrentar todas as tempestades” que nela surgem. “Deus torna-se uma fortaleza enorme no nosso interior para tudo aquilo que nos sucede que temos uma necessidade imensa de partilhar esse encontro, porque Deus enche-nos de tal ordem que a nossa vontade é levá-l’O ao outro”, sustentou.

“Isso passou-se um dia na minha vida”, testemunhou, recordando que só ter foi batizado aos 28 anos. “Antes disso fui um rapaz super-reguila”, confessou, lembrando ter sido “porteiro de discotecas” e, por isso, assíduo frequentador de ginásio. “Quando tinha os meus 18, 20 anos achava que era dono do mundo. Não era batizado, não frequentei uma catequese, não vinha a uma oração, no entanto Deus quis fazer uma história comigo. E eu, simplesmente, disse que sim e aí começou uma caminhada”, contou, lembrando ter iniciado um “tempo de silêncio interior”“para saber escutar a voz de Deus”. “Quando conseguimos parar um bocadinho na nossa vida e procurar esses momentos de silêncio, começamos a descobrir maravilhas porque Deus começa a revelar-se dentro de nós”, observou.

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Na vigararia de Faro

O padre Rafael Rocha lamentou nunca ter tido ninguém que o desafiasse a participar numa oração como aquela. “Será que se tivesse tido alguém que me tivesse dado a mão, que me tivesse convidado, que me tivesse levado, eu não tinha encontrado mais depressa aquilo que ia ser a minha vida?”, interrogou, reconhecendo, no entanto, que o “tempo de Deus” é outro. “O tempo de Deus não é o nosso tempo”, frisou, desafiando os jovens presentes a trazerem colegas e amigos para um “verdadeiro encontro com Jesus”. “O caminho com Jesus é muito melhor do que caminhar sem Ele. Acredito que haja muitos jovens, como eu fui, que até estão sedentos de Jesus na sua vida, que precisam d’Ele nas suas vidas e precisam que alguém tenha a coragem de lhes dar a mão e de os trazer”, acrescentou.

O sacerdote pediu ainda aos catequistas presentes a tentar levar os jovens a esse encontro com a “pessoa de Jesus”.

Na vigília de oração, que contou com a adoração eucarística, o padre o pároco da Luz de Tavira exortou à oração pelos jovens que não estiveram presentes. “Mais do que celebrar este ‘Advento Jovem’ devemos rezar, sobretudo, pelo resto dos jovens, por todos aqueles que podiam encher os bancos desta igreja. De certeza que temos jovens na nossa vigararia para tal e não estão porque preferem estar noutros lugares. Ainda não conseguiram descobrir a maravilha que é o mundo espiritual e o que se pode fazer dentro da Igreja”, afirmou.

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