Participantes do encontro deste mês de preparação para a JMJ e do Dia Diocesano do Acólito associaram-se à Eucaristia em Loulé 

Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo
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O pregador deste ano da Festa Grande de Nossa Senhora da Piedade, popularmente evocada como «Mãe Soberana», em Loulé, considerou esta noite ser aquele um “belo título” para a Mãe de Jesus.

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“«Mãe Soberana» porque Mãe do Soberano de todos os soberanos, Mãe do Rei dos reis, aquele que reina sobre tudo e sobre todos”, realçou D. José Alves na Eucaristia a que presidiu na igreja matriz de Loulé para onde foi levada na sexta-feira à noite a imagem da Senhora da Piedade pelos homens do andor desde a igreja de São Francisco.

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O bispo emérito da Arquidiocese de Évora lembrou, contudo, que Jesus “exerce uma soberania que não é semelhante à soberania humana”. “A soberania do Nosso Senhor Jesus Cristo não se exerce nem com territórios, nem com exércitos, nem com palácios luxuosos onde vivem os reis. É tudo ao contrário. A soberania de Nosso Senhor Jesus Cristo exerce-se pela humildade, pela simplicidade, pela verdade e, fundamentalmente, pelo amor”, desenvolveu, lembrando que “Cristo reina pelo amor” e que “a «Mãe Soberana» também reina com Ele porque é a mulher simples, humilde, a serva de todos” e “porque sempre esteve unida ao seu Filho Jesus Cristo”. 

Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo
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“Foi mãe protetora de Jesus enquanto criança e foi mãe e discípula quando Jesus, já homem, começou a sua vida pública e foi anunciar o reino de Deus. Ela foi a primeira discípula de Jesus. Primeira na ordem do tempo, mas primeira porque foi aquela que melhor, e mais do que ninguém, serviu Jesus, aprendeu com Ele a viver, a fazer como Ele fazia. E por isso, ela é também rainha e soberana. Tendes razão em chamar-lhe «Mãe Soberana» porque está acima de todas as mães pela sua santidade, pelo seu amor, pela sua íntima união com o Nosso Senhor Jesus Cristo. Porque a grandeza de Maria não vem dela própria. Vem da íntima união que ela teve a partir do momento da anunciação, quando o anjo a saudou e lhe perguntou se queria ser a Mãe do Filho de Deus”, prosseguiu D. José Alves, explicando que essa união foi crescendo. “Ela seguiu o seu Filho até ao fim, até ao Calvário, até à sepultura e até à ressurreição”, sustentou. 

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O pregador deste ano da Festa Grande da «Mãe Soberana» considerou assim que Maria se tornou Mãe de Jesus para que todos aprendessem com ela a “viver em união” com Ele e fossem capazes de o seguir através das suas vidas. “Temos um modelo para chegar a Cristo: Maria, a quem vós chamais «Mãe Soberana». Foi ela, a «Mãe Soberana» que esteve unida sempre a Ele, que o acompanhou até ao fim e que pôde gozar das glórias da ressurreição”, afirmou. 

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O bispo emérito de Évora lembrou ter sido a Virgem “que ensinou os primeiros cristãos a viver em alegria”, “que ensinou os primeiros cristãos a viver em comunidade, em harmonia, a ajudarem-se uns aos outros”, “a darem testemunho da ressurreição” de Jesus. “E é isso que ela também nos quer transmitir hoje a nós. Que cada um de nós seja onde estiver testemunho da ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo; que seja capaz de dizer: «eu sou cristão, eu acredito em Jesus Cristo ressuscitado; eu acredito na ‘Mãe Soberana’; eu quero, como filho de Deus e filho de Maria, seguir os mesmos passos que ela seguiu, acompanhar Jesus como ela o acompanhou”. 

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D. José Alves disse que “ajudar os outros, fazer bem, perdoar, ser misericordioso é seguir os passos de Maria”. “No dia em que celebramos a Festa da «Mãe Soberana» podemos dirigir-nos a ela. Além de saudarmos a «Mãe Soberana» olhemos para ela e sigamos os seus passos. Peçamos-lhe: «‘Mãe Soberana’, ajuda-me a ser teu filho, a ser bom filho; ajuda-me a ser irmão do teu Filho Jesus Cristo; ajuda-me a ver nas outras pessoas meus irmãos e a proceder com eles como tu procedeste, com amor, com misericórdia»”, concluiu.

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A Eucaristia, concelebrada pelo pároco de Loulé, o cónego Carlos de Aquino, e pelos padres Tiago Veríssimo, assistente do Setor da Pastoral Juvenil, e Samuel Camacho, diretor do Secretariado da Pastoral Vocacional da Diocese do Algarve, contou ainda com a presença de inúmeros jovens que participarão na Jornada Mundial da Juventude 2023 em Lisboa, no âmbito do encontro “Rumo ao 23” deste mês de preparação para aquele evento em agosto deste ano. Também presentes estiveram os jovens acólitos a participar no Dia Diocesano do Acólito que este ano se associou igualmente às festividades da «Mãe Soberana».