Foto © Samuel Mendonça
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Foi esta manhã oficialmente apresentada a oitava edição do Festival Jota que se realiza este ano e pela primeira vez no Algarve, conforme anúncio feito no final da edição do ano passado.

Na conferência de imprensa, que teve lugar no Hotel Faro, na capital algarvia, após a visualização do vídeo de apresentação do evento (ver abaixo), o bispo do Algarve disse esperar que a edição deste ano – que se realiza a 31 de julho, 1 e 2 de agosto no Vale das Almas, em Faro – proporcione uma “experiência gratificante de encontro” e de “partilha de vida” entre participantes, inclusive para si próprio, “a partir de uma experiência de fé e de encontro com Cristo”.

Foto © Samuel Mendonça
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Afirmando também esperar que haja uma “boa participação a nível da juventude do Algarve”, D. Manuel Quintas destacou “como a música tem o condão de unir, colocar em sintonia e de exprimir os próprios sentimentos e as próprias convicções, também de âmbito religioso como é o caso deste festival”. “Cristo é Aquele que nos une nesta experiência de fé e é também fonte de alegria. Onde há música há alegria. Espero que este festival proporcione essa experiência de alegria porque brota deste encontro com Cristo que é verdadeira fonte de alegria”, afirmou o prelado.

O bispo diocesano, que destacou o enriquecimento para a Igreja algarvia da participação de jovens algarvios em edições anteriores, espera que esta edição, pelo fato de se realizar no Algarve, contribua ainda mais para esse benefício.

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O padre Jorge Castela, da direção artística do evento, também destacou que “a música faz com que a mensagem chegue mais facilmente” aos seus destinatários. O sacerdote, que também é uma das vozes da Banda Jota, ligada ao nascimento e à organização do festival, afirmou que esta é o centro de todo o festival” e salientou a presença das bandas estrangeiras que fazem parte do cartaz como os ingleses ‘Crossbeam’, que disse fazerem um “rock muito interessante”, Nico Montero, que referiu ser “considerado neste momento o melhor artista católico em Espanha” e os convertidos ‘The Sun’, que considerou a “melhor banda presente em todas as edições do festival”. “Era uma banda conhecidíssima em Itália, tinha feito primeiras partes de grandes bandas a nível mundial e, entretanto, converteram-se e decidiram começar a cantar Deus”, explicou.

O padre Jorge Castela salientou ainda a vertente ecuménica do evento com a repetida participação da banda evangélica farense ‘XpressionCross’, também presente na conferência de imprensa, e os concertos intimistas que serão proporcionados por Claudine Pinheiro e Maresia.

A terminar, evidenciou a abertura do festival feita pelos ‘Yeshua’, banda revelação da edição do ano passado, o lançamento dos promissores ‘Graal’, banda de rock católico, um género musical ainda inexistente em Portugal segundo o sacerdote, e as participações do grupo ‘Jovem Levanta-te’, conhecido pela sua participação na edição portuguesa do programa televisivo Got Talent, e do DJ algarvio Zoon na animação da ‘Cristoteca’ pela madrugada dentro.

O padre Jorge Castela, destacando que “tem havido melhoria de qualidade” ao longo das edições do evento e que o mesmo “tem proporcionado o aparecimento de novas bandas e artistas”, considerou que o festival tanto pode ser considerado uma iniciativa de “evangelização de primeiro anúncio” como de reforço. “Para muitos poderá ser uma das primeiras experiências de encontro com Deus, mas também pode ser o ir buscar forças para o resto da vida de fé diária”, esclareceu.

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O padre António de Freitas, assistente do Secretariado da Pastoral Juvenil da Diocese do Algarve, responsável organização logística do festival, apresentou o programa para além dos concertos noturnos, destacando as catequeses que serão feitas, ligadas ao tema da misericórdia, e desejando que desta forma o festival possa “fazer caminho com o Santo Padre na preparação da Jornada Mundial da Juventude e do Jubileu da Misericórdia”.

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O sacerdote, que também destacou a noite de receção ao campista, no dia 30 de julho, com o concerto de uma banda da diocese, salientou ainda a realização de workshops ambientais, desportivos e culturais, aproveitando a envolvente do Vale das Almas, da Ria Formosa e da zona histórica de Faro, que incidam na prática de jogos tradicionais, desportos náuticos e radicais, na visita a salinas e a áreas de observação de aves.

Tal como o padre António de Freitas, a vereadora da Câmara de Faro, destacou a envolvente ambiental do festival e cultural da cidade de Faro e regozijou-se por o evento figurar já no programa de eventos de verão do concelho. “É do interesse de todos que a juventude católica possa também ela realizar e participar em iniciativas de caráter recreativo porque sabemos que estas assumem sempre um papel pedagógico que não subestimamos”, afirmou.

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Tânia Marques, participante em todas as edições do festival que está também na organização do evento, testemunhou que a iniciativa, que “proporciona amizade, divertimento, animação e muita música”, “é inesquecível pela riqueza de experiências, de atividades, pelos espaços de reflexão, pelo convívio dos jovens de várias dioceses do país”.

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Filipa Correa, vocalista da banda ‘XpressionCross’, sublinhou a dimensão ecuménica do evento. “A nossa fé vai muito mais além das nossas diferenças doutrinárias. Anunciarmos o evangelho tem de quebrar essas barreiras. Acredito que o Festival Jota, ao dar oportunidade, não só às bandas católicas, consegue alcançar isso porque faz realmente aquilo que o apóstolo Paulo nos pediu: anunciarmos o amor de Cristo à humanidade”, afirmou, acrescentando: “para nós, o Festival Jota foi uma experiência fantástica. Surpreendeu-nos e superou as nossas expectativas em tudo, desde a organização, ambiente, ao público e juntos conseguimos adorar a Deus”.