Para além dos muitos membros do Corpo Nacional de Escutas, voltaram a participar nesta última edição também outros movimentos da Igreja católica, como a Conferência de São Vicente de Paulo, grupos de catequese e outros elementos das paróquias algarvias, alguns dos quais intermediários dos destinatários das campanhas do BAA.

A iniciativa do Banco Alimentar que conta maioritariamente com o trabalho de particulares, teve ainda a colaboração muitas outras instituições, organismos, associações e grupos.

No armazém do BAA, na capital algarvia, trabalharam no último fim-de-semana cerca de 500 voluntários, maioritariamente do concelho de Faro, na recolha de alimentos que irá dar apoio a 3800 famílias no Algarve, num total 14.100 pessoas, das quais 3000 serão crianças.

Nuno Alves explica que “os alimentos recolhidos no Algarve são para entrega no Algarve”. “Não vão alimentos para fora da região”, elucida, considerando que “a colaboração dos algarvios tem sido excelente”, o que permite ao BAA ser considerado o quarto maior do país.

A campanha do último fim-de-semana, a sétima a nível nacional e a terceira desde a constituição do BAA, confirmou a solidariedade dos algarvios para com os mais necessitados apesar de se viverem tempos de crise. No sábado já tinham sido angariadas 85 toneladas. “Não demos pela crise. Estou convencido de que o facto de estarmos em crise apelou ao sentido de solidariedade dos portugueses e houve mais pessoas a contribuir”, salientou Nuno Alves, acrescentando o alargamento a novos pontos de recolha no Continente e Pão de Açúcar como outro factor de incremento.

A nível nacional foram recolhidas em todo o país 2.498 toneladas de géneros alimentares na campanha realizada em 1323 superfícies comerciais das zonas de Abrantes, Algarve, Aveiro, Braga, Coimbra, Cova da Beira, Évora e Beja, Leiria-Fátima, Lisboa, Oeste, Portalegre, Porto, Santarém, Setúbal, S. Miguel, Viana do Castelo e Viseu.

A quantidade agora recolhida comparada com as 1.908 toneladas recolhidas em Novembro de 2008, representa um acréscimo de 30,9%.

A campanha ainda não acabou porque até 6 de Dezembro vai ser possível contribuir para esta causa através dos “Ajuda Vale”, presentes em todas as lojas das cadeias Pingo Doce⁄Feira Nova, Dia⁄Minipreço, El Corte Inglês, Jumbo⁄Pão de Açúcar, Lidl, Modelo⁄Continente. Nesses estabelecimentos serão disponibilizados em suportes próprios cupões-vale de cinco produtos seleccionados (azeite, óleo, leite, salsichas e atum). Cada cupão representa uma unidade do produto (por exemplo, "1 litro de azeite", "1 litro de leite", etc.). Este cupão, para além de mencionar que se trata de uma entrega destinada aos Bancos Alimentares Contra a Fome, refere de forma clara a identificação do tipo de produto, da unidade e do correspondente código de barras, através do qual é efectuado o controlo das dádivas. Ao efectuar o pagamento, o dador entrega o cupão "Ajuda Vale" na caixa registadora. A logística de recolha e transporte para os Bancos Alimentares contra a Fome fica a cargo da cadeia de distribuição aderente. As doações são auditadas por uma empresa externa especializada.

Também na rede de cerca 3800 lojas Payshop espalhadas por todo o País é possível contribuir para esta campanha, efectuando uma doação em dinheiro que será convertida em leite e dará lugar à emissão de recibo.

Com campanhas duas vezes por ano, em finais de Novembro e Maio, o Banco Alimentar Contra a Fome distribui depois mensalmente os produtos angariados a instituições credenciadas com utentes com carências comprovadas.