Em causa está a localização prevista para a superfície do grupo sueco, que deverá abrir no final de 2014, junto ao nó Loulé/Faro da Via do Infante, numa zona próxima ao Estádio Algarve, contestada pelos signatários de uma providência cautelar interposta em agosto.
Para a loja poder ser instalada naquele local, a Assembleia Municipal de Loulé aprovou, em fevereiro passado, o Plano de Urbanização Caliços-Esteval, que implicou a reclassificação daqueles terrenos, que antes integravam a Reserva Agrícola Nacional, para uso urbano
Antes da providência cautelar apresentada em agosto no Tribunal Administrativo e Fiscal de Loulé, algumas daquelas associações já tinham apresentado outra, no final de 2011, mas o tribunal deu parecer favorável á localização prevista para a futura loja
Em declarações á Lusa, o dirigente algarvio da Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE), Paulo Bernardo, argumentou que a proximidade da loja com a zona onde já existe o Estádio Algarve e estava previsto o Hospital Central do Algarve vai originar constrangimentos de trânsito
O presidente da autarquia alegou, por seu turno, que a nova providência cautelar “não traz nada de novo ao processo”, manifestando-se confiante numa segunda posição favorável por parte do tribunal, uma vez que o projeto é de todo o interesse para o município e a região
O Plano de Urbanização Caliços-Esteval aprovado em fevereiro permitiu reclassificar os terrenos onde o grupo sueco pretende construir a área comercial, que representa um investimento estimado em 200 milhões de euros e deverá criar 3.000 postos de trabalho, diretos e indiretos
A providência cautelar foi entregue pela ANJE/Algarve, Associação de Comércio e Serviços da Região do Algarve (ACRAL), Associação de Empresários de Quarteira e Vilamoura, Associação de Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA), Associação dos Industriais Hoteleiros e Similares do Algarve (AIHSA) e pela Confederação de Empresários do Algarve (CEAL)
A alteração da utilização dos solos dos terrenos que vão acolher o projeto comercial é a questão mais polémica decorrente da aprovação daquele plano de urbanização, que incide também sobre a área empresarial do Esteval, o Parque das Cidades e o antigo matadouro do Algarve
Lusa