Em comunicado, a administração do CHA sublinhou que a reorganização visa otimizar recursos e equipamentos e que algumas das especialidades do CHA, como a Otorrinolaringologia e a Oftalmologia, vão mesmo ficar sediadas em Portimão

A fusão das três unidades num único centro, que entrou em vigor a 1 de julho, foi contestada pelos autarcas do barlavento algarvio, que temiam que alguns dos serviços existentes em Portimão fossem absorvidos pelo Hospital de Faro

“Dada a carência de médicos existente na região é essencial uma gestão mais funcional, de acordo com as necessidades. Com esta medida [criação do centro hospitalar], aumenta-se a oferta de saúde em terras algarvias, diminuindo deslocações supérfluas a Lisboa”, lê-se no comunicado

A administração garantiu ainda que o Hospital de Portimão passará a ter uma maior diversidade de consultas, prevendo-se que todas as consultas disponíveis até agora só em Faro, passarão a existir também em Portimão

Os dirigentes do centro hospitalar garantiram ainda que vão manter-se naquela unidade as especialidades de Psiquiatria, Gastroenterologia, Otorrinolaringologia e Oftalmologia

A Maternidade de Portimão, que também era apontada como um dos prováveis serviços a encerrar, “continuará a funcionar 24 horas por dia” em articulação com a de Faro e com a Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais e Pediátricos, agora elevada a serviço

As unidades do centro hospitalar incluem três tipos de urgências: a Básica, em Lagos, Albufeira, Loulé e Vila Real de Santo António, a Médico-Cirúrgica, em Portimão e a Polivalente, em Faro, explicou a administração

Depois do alargamento e remodelação do serviço de Urgência em Faro, iniciaram-se agora obras semelhantes na unidade de Portimão, o que permitirá aumentar a capacidade de atendimento e retirar macas dos corredores, acrescentou

“Com este modelo de articulação passam a existir, no Algarve, todas as especialidades necessárias, todos os dias do ano. Termina, desta forma, uma realidade de urgências incompletas e disfuncionais na região que obrigavam a constantes deslocações a Lisboa”, conclui.

Lusa