O trabalho que a Polis vai iniciar na praia de Faro compreende a realização de um inquérito para efeitos de elaboração da planta cadastral e identificação das parcelas, proprietários e outros interessados.
A equipa vai, durante o mês de abril e maio, fazer o levantamento do cadastro de todas as parcelas edificados, o levantamento dos títulos de cada proprietário relativamente ao seu edificado com o objetivo de perceber o que é que há em concreto no terreno", disse à Lusa a presidente do Polis, Valentina Calixto.
A execução do trabalho foi adjudicado à empresa Sigmageo e os colaboradores vão estar devidamente identificados e credenciados.
Valentina Calixto adiantou que o Plano de Pormenor da praia de Faro deverá estar terminado em novembro de 2010 e que as empreitadas e demolições das casas avaliadas em situações de risco arrancam em janeiro de 2011.
A Sociedade Polis, que vai trabalhar em articulação com a Câmara de Faro (responsável pela área desafetada) e pede aos "interessados a máxima colaboração no fornecimento de elementos e documentos que disponham" para conseguir identificar cada situação concreta de titularidade dos "espaços ocupados", lê-se num edital publicado a semana passada.
Cerca de metade das construções identificadas no levantamento efetuado ao abrigo do programa Polis Ria Formosa (2366) estão situadas na ilha da Culatra (núcleos de Culatra, Hangares e Farol, com 979 casas).
Seguem-se a ilha da Armona, com 809 casas, e a praia de Faro, que, excluindo as construções existentes na zona desafetada, tem um total de 248 casas nos extremos que deverão ser demolidas (155 na zona poente e 93 na zona nascente).
Os sete ilhotes da Ria Formosa reúnem entre si 208 casas. O que tem mais construções é o do Ramalhete (com 64), sendo a ilha de Tavira a que tem menos construções (46).
Lusa